A APRITEL aproveitou o Dia Mundial das Telecomunicações para destacar o posicionamento de Portugal a nível europeu, no que diz respeito à velocidade de Internet, a cobertura, penetração dos serviços e preços das comunicações. Utilizando dados do relatório da Anacom, referente ao Sector das Comunicações em 2021, o desempenho do mercado português coloca o país nos lugares cimeiros a nível internacional das telecomunicações, destacando os serviços oferecidos às famílias e empresas.

O principal destaque é a taxa de cobertura de 92% das redes de alta velocidade em Portugal, que mereceu destaque do próprio Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, referindo ser um dos países da União Europeia com a maior taxa de cobertura. A Associação de Operadores destaca ainda o aumento de 33,2% da velocidade média da banda larga fixa face a 2020, assim como o aumento da penetração de serviços de comunicações fixas e móveis. Refere ainda a variação dos preços em termos homólogos inferior ao crescimento do Índice de Preços no Consumidor (IPC) desde novembro de 2017, registados no relatório da Anacom.

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“Mais uma vez o sector esteve à altura para responder às necessidades dos portugueses. Portugal tem das melhores redes, dos melhores serviços, das melhores taxas de penetração, aos melhores preços”, salienta Pedro Mota Soares, secretário-geral da APRITEL. Acrescenta que as operadoras continuam a desenvolver as suas redes 5G, para reforçar as comunicações no futuro. “Com confiança, com estabilidade legislativa regulatória, com incentivos ao investimento o sector vai continuar a entregar serviços de excelência aos portugueses”.

De salientar que o Ministro das Infraestruturas afirmou estar atento ao problema das redes de grande capacidade disponíveis ainda não chegarem aos territórios do interior. E traçou o compromisso de lançar concursos públicos até ao final do ano para desenvolver as redes nas chamadas “áreas brancas”.

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De volta aos números do relatório, a APRITEL destaca as velocidades de Internet, que no caso da banda larga fixa, a velocidade média aumentou 33,2% face a 2020. Refere que 86% dos acessos de banda larga fixa tinham velocidades de download anunciadas iguais ou superiores a 100 Mbps. Portugal foi o terceiro país da União Europeia neste ranking.

Sobre a cobertura, estima-se que no final de 2021, cerca de 5,9 milhões de alojamentos estavam cablados com uma rede de alta velocidade, o que corresponde a mais 3,3% face ao ano anterior. Os 92% da taxa de cobertura dos alojamentos representa mais 3,1% face ao final de 2020.

O relatório refere que 86% dos acessos de banda larga fixa foram realizados em banda larga ultrarrápida, com velocidades de download superiores a 100 Mbps (mais 4,8% que o ano anterior e mais 23% do que há cinco anos). Destaca que desde novembro de 2017 que a variação dos preços das telecomunicações em termos homólogos é inferior ao crescimento do Índice de Preços no Consumidor.

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Por outro lado, no que diz respeito à comparação com a União Europeia, a Anacom diz que a taxa de variação média dos últimos 12 meses dos preços das telecomunicações em Portugal foi inferior à verificada na Europa em menos 0,1%, sendo o 11º país com a variação de preços mais elevada (ou o 17º país com a variação mais baixa).

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Relativamente ao 5G, estima-se que em 2023, espera-se que as redes cheguem a 75% da população das freguesias de baixa densidade e das freguesias das Regiões Autónomas e, em 2025, a 95% da população total do país, tal como as metas que foram estabelecidas no regulamento do leilão 5G. Instituições como os hospitais, centros de saúde, portos, aeroportos, universidades e institutos politécnicos, parques empresariais e instituições militares do país deverão ter rede 5G até ao fim de 2023.