No 157º dia do leilão 5G, as 12 rondas de licitações somaram 745 mil euros ao valor da sessão anterior. O leilão soma assim um encaixe potencial de 354,332 milhões de euros, que somados ao valor da fase dos novos entrantes seria de 438,683 milhões de euros. Os dias continuam assim a somar valores a conta-gotas, pelo menos até que a Anacom altere novamente o regulamento como já proposto.
No dia de hoje houve mexidas em 11 lotes da categoria J, a que representa a faixa dos 3,6 Ghz, nativa ao 5G. 10 lotes receberam uma valorização de 1%, exceto o J11 que aumentou 2%. Todos os lotes da categoria J já ultrapassaram os 200% de valorização face ao preço de reserva.
O "braço de ferro" entre Anacom e operadores continua. Anteriormente, o Governo, que parece estar de "mãos atadas" a observar o desenrolar da "novela", mas já demonstrou começar a perder a paciência com a demora do processo e avisou que os prazos são para ser cumpridos.
Veja o dia em detalhe:
A Altice Portugal reagiu à decisão da entidade reguladora de introdução de uma nova alteração ao regulamento do procedimento indicando que recusa e que se opõe “veementemente à alteração que a Anacom se propõe introduzir no Regulamento 5G e entende que devem manter-se as regras que têm vindo a ser seguidas por todos os licitantes”.
A dona da Meo pondera todos os cenários relativos ao acionamento de meios legais para impedir a alteração do regulamento do procedimento. A operadora de telecomunicações afirma que “pior que errar é insistir no erro”, reforçando que desde o início o processo tem sido completamente errático e “lamentável”.
A Altice acusa o regulador ter perdido milhares de milhões de euros na captação de novos investidores e mais investimentos de empresas já instaladas. “Urge que a culpa e responsabilidade sejam assumidas e assacadas. Chega de tanta irresponsabilidade e impunidade”.
Para a empresa, a nova iniciativa do regulador não é mais que “um episódio que evidencia à sociedade o que tem sido o comportamento insensível e demonstrativo de grande incapacidade da Anacom na condução de todo este processo”. A empresa defende que a Anacom não está, nem esteve, à altura das exigências do processo do leilão do 5G, mas também do sector das telecomunicações e da economia do país.
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