Apesar da Apritel destacar que Portugal é o segundo país com maior redução dos preços da banda larga fixa de internet na União Europeia, a Anacom salienta que o mercado nacional pratica os valores mais caros da Europa. Portugal surge em 5º lugar nos preços mais caros, apenas atrás dos praticados pela Bélgica, Croácia, Grécia e Dinamarca, citando o relatório da Comissão Europeia. O mercado nacional é colocado em grupos como “dispendioso” ou “relativamente dispendioso” nos 13 perfis de utilização de banda larga fixa.
Veja na galeria dados sobre as telecomunicações partilhados pela Anacom:
A Anacom diz que os preços da banda larga fixa isolada, correspondente ao pacote Single Play encontra-se entre 40 a 49% acima da média europeia, consoante a sua velocidade de download considerada. “Os desvios eram mais elevados para as velocidades mais altas. Portugal situava-se entre o 23º e o 25º lugar do ranking da União Europeia, de acordo com a análise de Bruxelas relativa a 2021”. Já o equivalente, mas móvel, os preços estavam 26 a 58% acima da média, exceto o perfil de utilização com 0,5 GB que apresenta um era 7% inferior à média. Assim, Portugal apresenta-se listado na 16ª e 26ª posição, respetivamente, no ranking europeu.
Os perfis que incluem móvel e internet no telemóvel, os preços em Portugal eram inferiores à média europeia em relação ao menor consumo, entre -30% e 1-%. Já os restantes perfis com pelo menos 5 GB de dados móveis, os preços em Portugal são superiores entre 3 e 75% à média europeia, colocando o país na 6ª e 23ª posições do ranking europeu.
Os dados de julho baseados no IPC, não se alteraram face ao mês passado, refere o regulador. “Em comparação com o mês homólogo de 2021, aumentaram 1,7%, o que foi influenciado sobretudo pelo aumento de preços implementados pela MEO, NOS e Vodafone em abril do corrente ano”, acrescentando que o crescimento dos preços foi 7,3% inferiores ao verificado pelo IPC.
O regulador refere que a taxa de variação média dos preços de telecomunicações em Portugal nos últimos 12 meses foi de 1,8%, sendo 2,9% abaixo do registado pelo IPC, que foi de 4,7%. E em julho deste ano foi superior à União Europeia em mais 1,3%. Portugal registou assim a 8ª variação de preços mais elevada ou a 20ª mais baixa na Europa. A Polónia obteve o maior aumento com 5% e a Bulgária a maior diminuição com 4,6%. Mas a média geral da União Europeia subiu 0,5%.
O relatório refere ainda que houve três serviços com aumentos de preço e quatro com diminuições. A MEO aumentou em dois e desceu a mensalidade em três; a NOS aumentou a mensalidade de um serviço e a NOWO diminuiu uma das suas ofertas.
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