“A Google utilizou métodos anticoncorrenciais e ilegais para eliminar, ou reduzir drasticamente, qualquer ameaça ao seu domínio sobre as tecnologias utilizadas para a publicidade digital”, avançou o DOJ.

O Departamento e oito Estados, como Califórnia e Nova Iorque, pretendem que o grupo californiano seja condenado por infração do direito da concorrência e obrigado a indemnizar prejuízos e a cessar as suas atividades ligadas à venda de espaço comercial em linha.

Na queixa explicita-se que a Google controla tanto as tecnologias utilizadas em “quase todos os sítios na internet” para vender os locais de exibição da publicidade, quanto os instrumentos de que se servem os anunciantes para comprar esses espaços, bem como ainda o mercado onde ocorrem as transações.

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“Os prejuízos são claros: os editores dos sítios internet ganham menos e os anunciantes gastam mais”, garantiram os queixosos.

“Apesar de a Google enfrentar uma concorrência acrescida desde há alguns anos, a sua parte de mercado permanece inigualável”, apontou Evelyn Mitchell, analista da Insider Intelligence. Segundo esta analista, o grupo recolhe mais de um quarto de todas as despesas publicitárias digitais e mais de metade das receitas publicitárias afetadas à procura em linha.

A Google já reagiu, com um porta-voz a dizer que o DOJ “procura designar ganhadores e perdedores” no setor da publicidade digital, que já é “altamente concorrencial”.

Mais acrescentou que se o DOJ vencer, a sua abordagem “vai diminuir a inovação, aumentar os custos da publicidade e tornar mais difícil o crescimento de milhares de pequenas empresas e editores”.

A Google já foi multada por infração do direito da concorrência, designadamente pela União Europeia.

Nos EUA, a empresa já enfrenta processos lançados no final de 2020 por uma coligação de Estados, liderada pelo Texas. Segundo estas acusações, a Google procurou eliminar a concorrência através da manipulação das vendas de publicidade.

"A Google deve estar inquieta”, considerou Evelyn Mitchell. A empresa “poderá ser forçada a vender parte da sua atividade publicitária”.

O presidente Joe Biden apelou recentemente aos congressistas republicanos e democratas para que se ponham de acordo quanto a leis para melhor regular as práticas dos conglomerados tecnológicos.

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