Por Céline Littré (*)
Com a multiplicação do número de ciberataques registados, as empresas, que até há pouco tempo não estavam preparadas para os riscos, não tiveram outra alternativa senão equiparem-se para proteger as suas infraestruturas informáticas.
Hoje, as empresas estão cientes que um ataque pode ser dispendioso e prejudicar a sua atividade (comprometer dados, bloqueamento do sistema de produção, etc.). De acordo com a Cybersecurity Ventures, em 2021, o custo dos ciberataques atingiu
6.000 mil milhões de euros.
Já existem várias tecnologias para reforçar a segurança do acesso digital, nomeadamente a Autenticação Multi-Factor (MFA). No entanto, estes sistemas baseiam-se frequentemente na utilização de um smartphone, o que coloca dois problemas principais: em primeiro lugar, nem todos os empregados têm um telemóvel de trabalho e podem ter reticências em usar o seu aparelho pessoal para
se identificarem e, em segundo lugar, a utilização destes dispositivos em sítios industriais ou sensíveis pode ser proibida por razões de segurança. Existem também sistemas de identificação com uma chave USB, mas, mais uma vez, o risco da perda ou do roubo não constitui uma solução satisfatória.
Neste contexto, o cartão biométrico pode ser uma alternativa bem-vinda: emparelhado com o computador do titular, ele desbloqueia o acesso a todas ou a algumas aplicações. A identidade é verificada por um sensor biométrico no qual o titular do cartão registou previamente a sua impressão digital. Em caso de perda ou roubo, o cartão é inútil.
O acesso às infraestruturas físicas
Para além da proteção do espaço digital, o acesso às infraestruturas físicas é também uma questão de segurança para as organizações. Embora os cartões de acesso sejam a forma mais comum de identificação utilizada pelas organizações, também não garantem uma segurança infalível. Os crachás podem ser perdidos ou roubados e utilizados para obter livre acesso ao edifício. Neste caso, o cartão biométrico oferece uma proteção adicional. A sua utilização personalizada garante que o utilizador do cartão ou do crachá é efetivamente o seu proprietário, graças a um sistema de reconhecimento das suas impressões digitais.
Um mercado promissor à espera de crescer
A utilização da biometria no controlo de acesso representa uma oportunidade real para reforçar a segurança das infraestruturas. Tendo em conta o que está em jogo, e apesar do facto de custar mais do que um cartão tradicional, as empresas estão prontas para dar o salto e proteger os seus bens.
Graças ao trabalho já efectuado para as aplicações de pagamento, os cartões já estão disponíveis e em fase de teste pelos clientes, faltando apenas alguns meses para que os primeiros modelos produzidos em série estejam disponíveis. O desafio da utilização de cartões biométricos para o acesso físico continua a ser a compatibilidade com a vasta gama de dispositivos existentes (leitores de cartões).
Os fabricantes estão a trabalhar arduamente para adaptar estes sistemas com vista a uma integração rápida e simplificada e à sua adoção pelas empresas.
(*) Gestora de Marketing de Produtos da Linxens
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