Desde que a sonda InSight chegou a Marte em novembro de 2018, a NASA tem estado atenta ao que se passa debaixo da superfície do Planeta Vermelho. A Agência Espacial Norte-Americana publicou recentemente o primeiro de seis estudos acerca da atividade sísmica marciana e, ao que tudo indica, os “martemotos” afinal são mais frequentes do que os cientistas pensavam.

De acordo com o estudo publicado na revista científica Nature Geoscience, a sonda detetou cerca de 174 sismos desde que aterrou na região Elysium Planitia, a qual era considerada pelos investigadores como a parte mais “monótona” de Marte. O Seismic Experiment for Interior Structure da InSight conseguiu identificar também mais de 10.000 tempestades de poeira que foram capazes de cobrir todo o planeta.

Ilustração da atividade sísmica marciana registada pela sonda InSight
Créditos: NASA

Os investigadores da NASA indicam que 24 dos sismos registados tinham uma magnitude acima de 3 na escala de Richter. Até à data, o instrumento responsável por “medir o pulso” a Marte identificou 450 sinais de atividade sísmica. Os “martemotos” deram também a entender aos cientistas que a crosta marciana é mais seca e “quebradiça” do que se pensava. O estudo aponta que estas características são um sinal do impacto de asteroides no planeta no passado.

Os abalos de terra registados em Marte são mais profundos do que os tremores da Terra, tendo origem a uma profundidade de cerca de 50 quilómetros. Os cientistas elucidam que, embora possam parecer assustadores, os “martemotos” não seriam uma grande ameaça a uma base de astronautas no planeta. As descobertas feitas pela InSight estão a ajudar os investigadores a descobrir mais sobre os mistérios que se escondem por baixo da crosta marciana e sobre o seu passado.

Alguma vez ouviu o som de um “martemoto”? Aproveite que a NASA fez áudios
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Em outubro de 2019, a NASA conseguiu captar o áudio das duas movimentações sísmicas mais fortes detetadas pela sonda InSight. Os "martemotos" identificados como Sol 173 -  de magnitude 3,7 - e Sol 235 - de magnitude 3,3 – ocorreram a 22 de maio e 25 de julho desse ano. A NASA explica que os registos têm originalmente uma frequência muito abaixo da alcançada pela audição humana, por isso os áudios foram acelerados e processados para que possam ser ouvidos normalmente.

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