Ao longo do ano que acaba de terminar, 40% das famílias portuguesas tiraram partido dos serviços da Televisão Digital Terrestre, um número que não pressupõe a utilização exclusiva deste serviço, para ver televisão. A percentagem de famílias que só têm acesso à TV através da TDT é bem menor e fixou-se nos 9%.
Os dados constam do relatório Meios de Acesso ao Sinal de TV, da Anacom, com informação recolhida pelo Instituto Nacional de Estatística no âmbito do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, realizado entre junho e agosto de 2022. Mostram que a televisão por subscrição domina em Portugal, com estes serviços a serem usados por 89% das famílias (dados de dezembro da Anacom apontam até uma penetração já superior a essa), embora a TDT continue a ter uma presença relevante em casa dos portugueses.
No total, 2,3 milhões de televisores estavam ligados à TDT, que permite acesso gratuito ao sinal de televisão para os canais generalistas. Cerca de 90% destes acessos estavam a ser usados em habitações principais e 10% em habitações secundárias, sendo que nestas segundas moradas, metade dos inquiridos revelou que tirava partido do sinal da TDT.
Os dados apurados também mostram que o número de famílias com acesso à TDT tem vindo a aumentar. Nos últimos quatro anos cresceu 5,3 pontos percentuais, entre as famílias que usam este meio de acesso a serviços de televisão, nas suas habitações principais. Já a utilização da TDT como único meio de ver televisão perdeu relevância. Em 2018, essa era a realidade de 15,3% das famílias, no ano passado só 9% estavam nessa situação, sendo que, em 5,5% destas residências, não existia qualquer serviço fixo de comunicações eletrónicas.
Verifica-se também que a TDT não tem uma utilização uniforme em todo o país e tende a ter uma presença mais forte nos locais onde os serviços de TV paga têm menor penetração e entre famílias sem filhos, ou com menores rendimentos.
Nas habitações de residência habitual destacam-se da média nacional as regiões Centro, Norte e Alentejo, em termos de utilização da TDT. Nas outras quatro regiões que dividem o país - as duas regiões autónomas, a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve - foram os serviços de TV paga que se destacaram acima da média nacional.
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