Estima-se que exista mais de um milhão de objetos de tamanho superior a um centímetro que orbita sem controlo a Terra, particularmente nas órbitas baixas e geoestacionárias, capazes de provocar potenciais danos de diferente índole. A Net Zero Space quer contrariar a tendência de agravamento deste cenário.
A iniciativa, de cariz internacional, foi lançada durante 4e édition du Forum de Paris sur la Paix e envolve vários atores relevantes representativos da cadeia de valor de qualquer missão espacial: lançadores de satélites, fabricantes, operadores, organizações da sociedade civil, investigadora e académica, agências espaciais e atores públicos de todo o mundo.
Arianespace, Astroescala, CGSTL/Chang Guang Satellite, Clutch Space Systems, CNES, EUSST, Eutelsat, GMV, IAASS, Inmarsat, International Institute of air and space law, ISISPACE, Planet, Scout, Share my Space, Skyroot Aerospace, SpaceAble, Viasat são, por ordem alfabética, as entidades que se uniram à Net Zero Space até agora, da qual também faz parte a GMV.
O objetivo é conseguir um uso sustentável do espaço, fazendo pressão para abordar de forma urgente e consensual a crescente poluição orbital e desenvolvendo, ações urgentes e concretas para a mitigar, isto quando o mercado do Bank of América prevê que o mercado espacial possa originar um volume de negócio de mais de mil milhões de dólares em 2030.“Tais benefícios só serão possíveis se nos assegurarmos de que os atores que intervêm neste mercado acordem o uso seguro e sustentável do espaço a longo prazo”, escreve a GMV numa nota enviada às redações.
“Todos os integrantes da iniciativa internacional Net Zero Space concordam que este objetivo só pode ser atingido com a cooperação, mediante a união do setor privado, da sociedade civil, investigadora e académica, assim como das autoridades públicas e dos reguladores. O conjunto de entidades que operam em órbita ou que contribuem em Terra para as operações espaciais têm um papel-chave a desempenhar nesta tarefa”
A GMV destaca igualmente o seu compromisso em melhorar e promover o uso dos seus serviços de prevenção de colisões e continuar a desenvolver novas soluções que garantam a segurança e sustentabilidade das operações espaciais.
A empresa opera desde finais dos anos 90 no estudo, monitorização e prevenção da proliferação do lixo espacial, altura em que começou a trabalhar com a ESA em atividades de catalogação de objetos e evasão de colisões em órbita.
Em 2009, a ESA deu início a um ambicioso programa para o desenvolvimento de tecnologia para o seguimento de detritos espaciais. Desde então, a GMV participou e participa em mais de 30 projetos.
Em 2014, a União Europeia estabeleceu um programa de apoio às atividades de vigilância do espaço orientado para o desenvolvimento do sistema europeu EU-SST, equiparável ao de potências como os Estados Unidos. Como parte do EU-SST, a GMV dirige contratos em 5 países (Espanha, França, Alemanha, Polónia e Roménia) e tem capacidades e contratos adicionais no Reino Unido e Portugal.
A GMV também opera no mercado institucional de vigilância espacial. Na área de SST comercial, a GMV mantém desde 2017 o seu centro de operações Focusoc para a prestação de serviços anticolisão a mais de 10 operadores comerciais e mais de 80 satélites. Em conjunto, mais de 70 engenheiros de GMV trabalham em atividades de SSA/SST, o que a torna na maior indústria e equipa de SSA/SST da Europa.
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