A fase principal do leilão do 5G avançou hoje para o seu 106º dia. Nas sete rondas de hoje, as licitações alcançaram os 322,764 milhões de euros, registando uma subida de 360 mil euros em relação ao dia anterior.

As licitações de hoje espelham a tendência dos últimos dias, em que o “apetite” das operadoras parece ter diminuído. Desde o 101º dia que as propostas têm crescido a “conta-gotas”, atingindo um mínimo histórico no 102º dia, com o valor mais fraco alguma vez registado ao longo do processo: 357 mil euros.

Os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom permitem verificar que a faixa dos 3,6 GHz é novamente a única onde surgem mudanças, desta vez aumentos em relação às propostas de 4 dos 60 lotes disponíveis.

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Verifica-se também que, em relação ao preço de reserva, os lotes da categoria J valorizaram mais de 300%, ultrapassando a valorização dos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz. Os 6 lotes da categoria H não apresentam alterações face ao dia anterior e, embora tenham quase duplicado de valor nesta fase do leilão, a sua valorização continua a ser menos expressiva.

É certo que a fase principal já se prolonga há mais de 100 dias, porém o encaixe potencial não cresceu proporcionalmente. A soma de ambas as fases do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num valor de 407,115 milhões de euros.

Recorde-se que no início de junho, a Anacom tomou uma decisão de alteração do regulamento, aprovando a possibilidade de realizar 12 rondas diárias de licitações, o dobro das que foram feitas durante a larga maioria dos 97 dias da fase principal. Depois do dia 10 de maio o número aumentou ligeiramente para 7 rondas diárias, o qual ainda se mantém.

Há ainda a possibilidade de a entidade reguladora considerar outras opções para acelerar o processo, incluindo a mudança dos montantes mínimos de aumento nas licitações, impedindo subidas de 1% e 3% que têm sido a norma nos últimos meses.

Os operadores, que já tinham criticado a Anacom pela proposta de mudança de regras a meio do procedimento do leilão, expressaram as suas opiniões sobre a nova decisão, com a Altice PortugalNOS e Vodafone a reagirem negativamente à posição da entidade reguladora. Ainda na semana passada, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, pediu também o afastamento do presidente da Anacom para que o 5G possa ser uma realidade em Portugal.

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