
A entrada da operadora romena Digi no mercado nacional fez os portugueses fazerem contas às poupanças nas faturas de telecomunicações a pagar no fim do mês. Muitos consumidores que decidiram mudar das principais operadoras estão a enfrentar bastantes dificuldades na rescisão dos seus contratos ou na portabilidade, ou seja, mudar de fornecedor sem alterar o seu número de telefone.
Segundo avança o Jornal de Notícias, a insatisfação dos consumidores junto às operadoras MEO, NOS e Vodafone aumentou 77% relativo ao cancelamento dos seus contratos de serviços, números da ANACOM. O número de queixas aumentou ainda mais quando se trata de mudar de operadora mantendo a portabilidade do número, tendo sido registado um aumento de 535%.
A Digi também não escapa às reclamações desde que chegou a Portugal, há pouco mais de três meses. No final de dezembro, com dois meses de operações, só no Portal da Queixa tinha recebido 400 reclamações, destacando-se a falta de qualidade do serviço, assim como as falhas técnicas entre os principais problemas reportados pelos consumidores.
Segundo os mais recentes dados da ANACOM, a Digi soma 693 reclamações, numa média de nove queixas por dia. Foram feitas 49 queixas diretamente ao regulador e 644 nos livros de reclamações físicos ou eletrónicos.
A operadora de origem romena lançou os seus serviços a 4 de novembro, tornando-se a primeira operadora a entrar no mercado português em 30 anos, depois de ter conseguido uma licença de operação de rede 5G, a que somou também serviços de internet por fibra ótica e de TV. No Portal da Queixa, a qualidade do serviço é o principal motivo de reclamação, com 34,6% das participações, referindo queixas sobre falhas técnicas, interrupções ou desempenho abaixo do esperado.
Em seguida estão problemas com a instalação (19,7%), relacionados com atrasos ou problemas na instalação de serviços contratados. A portabilidade de números já era um dos problemas relatados e motivou 17,7% dos casos onde os consumidores apontam dificuldades ou atrasos no processo de transferência de número entre operadoras.
De recordar que a fusão entre a Digi e a Nowo foi concluída no final de janeiro. A Digi tem agora a obrigação de cumprir as obrigações de desenvolvimento de rede a que a NOWO estava vinculada no leilão do 5G em seis meses. Com esta passagem do espectro da frequência, a Nowo deixa de ser titular dos direitos de utilização das mesmas, adquiridas no Leilão 5G. A compra da Nowo reforça assim a rede móvel, que era uma das principais necessidades da operadora romena.
No mais recente relatório da ANACOM relativo à evolução do 5G para o 4º trimestre de 2024, confirmou-se um "crescimento significativamente superior" ao registado nos trimestres anteriores que se deveu à inclusão do novo operador Digi nas contas. O número de estações base subiu para 13.089, mais 24% do que o registado no trimestre anterior.
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