Dados avançados pelo Portal da Queixa mostram um aumento significativo no número de reclamações relativas à categoria Operadoras de TV, Net e Telefone Low-Cost. A Digi foi responsável pela maioria das queixas apresentadas durante os últimos seis meses.
De acordo com novos dados da ANACOM, no ano passado foram registadas cerca de 104,1 mil reclamações contra prestadores de serviços de comunicações, numa descida de 3% em comparação com 2023.
Os consumidores de telecomunicações têm encontrado dificuldades em cancelar as suas assinaturas ou fazer a portabilidade de números na MEO, NOS e Vodafone. Mas a Digi também soma centenas de reclamações.
Apesar de só ter começado a operação em novembro, a DIGI soma perto de 400 reclamações no Portal da Queixa. A qualidade do serviço e as falhas técnicas são os principais problemas reportados pelos consumidores
A Digi entrou no mercado nacional com uma oferta agressiva de preços e um máximo de três meses de fidelização para um dos serviços. Mas já conta com mais de uma centena de reclamações, a maioria relacionada com a instalação. A Deco diz estar atenta às operações da empresa.
Segundo dados da Anacom, as reclamações das telecomunicações diminuíram 9% no segundo trimestre em termos homólogos, devendo-se sobretudo à quebra nas queixas sobre comunicações eletrónicas.
A iFAMA permite que os cidadãos façam reclamações, queixas e denúncias contra 16 entidades, entre as quais Agência Portuguesa do Ambiente, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Docapesca, Direção-Geral do Território e Instituto da Vinha e do Vinho.
As comunicações eletrónicas, rede e serviços postais, eletricidade, serviços financeiros e equipamentos elétricos e eletrónicos estão entre os mais reclamados.
Segundo dados do Portal da Queixa, a maioria das denúncias está relacionada com compras em lojas online, em que os consumidores não chegam a receber os produtos encomendados e ficam sem resposta da marca ou do vendedor e sem o reembolso do dinheiro.
Os números das queixas recebidas no ano passado pela Anacom relativas a serviços de telecomunicações e postais foram revelados, bem como os nomes dos operadores com mais reclamações.
Vodafone e NOS são os operadores que registam maior taxa de reclamações por número de clientes, destacando-se também no maior valor absoluto e maior crescimento das queixas, indica a ANACOM.
Compra mais online, mas também reclama mais online. Pesquisa antes de comprar e a opinião dos outros é a maior influência na decisão de compra. Elege a reputação como principal indicador de confiança e está mais empoderado. É assim o perfil do consumidor atual.
A ANACOM detalha que, ao todo, em 2022, registaram-se 72,5 mil reclamações relativamente a comunicações eletrónicas. No que toca a serviços postais, verificaram-se 37,2 mil reclamações.
As principais operadoras de telecomunicações surgem no topo das reclamações durante 2022, mas também bens de consumo, serviços financeiros e turismo registam maus resultados.
A tendência global é de descida, mas o número de queixas apresentadas à Anacom continua a ter em destaque a demora na resolução de falhas de serviços. A Vodafone fechou o trimestre em contraciclo com a concorrência, com mais reclamações que há um ano.
Os setores das telecomunicações, serviços postais e energia lideraram, no primeiro semestre deste ano, as reclamações apresentadas no Livro de Reclamações, que desceram 16% em relação ao período homólogo, segundo dados da Direção-Geral do Consumidor.
O Ministério da Educação já recebeu mais de 200 reclamações no Portal da Queixa, relacionadas com dificuldades no acesso aos vouchers, assim como alunos sem vagas no portal das matrículas.
Segundo a Deco Proteste, as principais queixas relativas ao setor das comunicações eletrónicas, onde a MEO, NOS e Vodafone se destacam pela negativa, relacionam-se com dificuldades na mudança de prestador de serviços e problemas com a Internet.
As reclamações no setor das comunicações registaram uma quebra de 30% no primeiro trimestre, face a igual período de 2021, para 27,5 mil, "mantendo-se em valores próximos" do período pré-pandémico, divulgou hoje a Anacom.
Houve um aumento de 1% em relação a 2020, sendo as comunicações eletrónicas aquelas que receberam mais reclamações. A NOS foi a operadora com mais queixas.
O Portal da Queixa indica que identificou um aumento de reclamações a denunciaram websites falsos que usam o nome da marca Tiffosi, num esquema semelhante ao que já sucedeu com a Stradivarius em novembro do ano passado.
O Portal da Queixa registou 700 reclamações relacionadas com o período de descontos da Black Friday, destacando-se as categorias da Informática, Tecnologia e Som. As lojas falsas online da Stradivarius foram o maior motivo das queixas relativas a burlas.