A Comissão Europeia lançou esta terça-feira uma consulta pública e um fórum de discussão sobre a iniciativa Digital Compass, que alinha as prioridades estratégicas e de investimento da União Europeia até final da década. A consulta vai estar em vigor até 3 de agosto e, combinada com o fórum, centram os esforços da União Europeia para recolher opiniões e novos contributos para a versão final do documento.
Os princípios alinhados nesta Bússola Digital cobrem áreas tão diversas como o acesso a serviços de internet, a um ambiente online seguro e confiável, a serviços de saúde digitais ou a serviços públicos digitais centrados no cidadão.
A proteção das crianças e jovens no acesso a serviços digitais, a prioridade a dispositivos e sistemas TI que respeitem o ambiente e a necessidade de ter competências digitais que permitam uma participação adequada numa democracia digital, também são temas refletidos nos princípios.
“Hoje pedimos aos cidadãos e às empresas europeias que partilhem os seus pontos de vista e nos ajudem a preparar o próximo programa de política Digital Compass, que vai guiar a transição digital”, sublinha Margrethe Vestager, comissária europeia da concorrência, citada em comunicado.
Recentemente foi também lançada uma consulta sobre os princípios para a Década Digital, que têm por base as mesmas prioridades e definem um conjunto de orientações para os desenvolvimentos que vão guiar todas as decisões europeias na área digital, até ao final da década. Esta primeira consulta pública decorre até 2 de setembro.
O que é a Bússola Digital?
Pode ver aqui em maior detalhe os quatro princípios orientadores da estratégia digital europeia até 2030, propostos pela CE no âmbito do Digital Compass, e as principais ideias e metas associadas a cada um deles.
- "Cidadãos dotados de competências digitais e profissionais do sector digital altamente qualificados"
De acordo com o plano delineado pela Comissão, o primeiro ponto cardeal relaciona-se com a digitalização da população. Até 2030, pelo menos 80% de todos os adultos europeus devem ter competências digitais básicas, com o número de profissionais a trabalhar na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) a ascender aos 20 milhões, sem esquecer a presença feminina no sector.
- "Infraestruturas digitais seguras, eficazes e sustentáveis"
Os objetivos do segundo ponto envolvem a cobertura de todas as áreas povoadas da União Europeia por redes 5G. O objetivo surge depois de Bruxelas ter falhado a meta comunitária de ter esta tecnologia em pelo menos uma cidade por Estado-membro até final de 2020.
Neste ponto, a Comissão também prevê que a produção europeia de semicondutores passe a representar 20% do total mundial, para reduzir a dependência de outros países, e que a Europa tenha o seu primeiro computador quântico.
- "Transformação digital das empresas"
No que respeita às empresas, o terceiro ponto da “bússola” indica que, até 2030, três em cada quatro organizações deverão recorrer a serviços de computação na Cloud, assim como a Big Data e Inteligência Artificial. Até à mesma data, mais de 90% das PME deverão ter, pelo menos, um nível de digitalização base e o número de startups “unicórnio” europeias deverá duplicar.
- "Digitalização dos serviços públicos"
Por fim, o quarto ponto refere-se à digitalização dos serviços públicos. Bruxelas pretende que todos os Estados-Membros tenham serviços públicos online, que todos os cidadãos tenham acesso aos seus registos médicos eletrónicos e que 80% da população passe a usar soluções de identificação digital.
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