O primeiro dia de abril marca o aniversário da entrada em vigor do regulamento sobre a portabilidade dos serviços online de conteúdos, que permite aos europeus viajarem entre os Estados-membros com as suas subscrições dos serviços digitais, tais como o Netflix e o Spotify.
As medidas introduzidas no ano passado para a portabilidade, juntamente com as regras sobre a abolição de roaming entre fronteiras e a remoção do geo-blocking, contribuíram para a visão europeia do Mercado Digital Único: “Estamos muito satisfeitos por ver os europeus a desfrutar dos seus novos direitos digitais entre-fronteiras. Este é outro passo tomado em direção à construção de um verdadeiro Mercado Digital Único, e na modernização das regras da União Europeia para que se ajustem na nova era digital”, afirma Mariya Gabriel, Comissária para a Economia Digital e Sociedade.
Um barómetro europeu demonstra que as novas regras trouxeram benefícios aos cidadãos europeus. No fim de um ano, a maioria dos europeus reconhece os benefícios da portabilidade online dos conteúdos, sobretudo os jovens dos 15-24 anos, em que 68% dos inqueridos sabem que podem viajar entre os países mantendo as suas subscrições ativas. Já para os inqueridos acima dos 55 anos, apenas 40% consideram os respetivos benefícios. E sobre o funcionamento, 58% dos inqueridos estão satisfeitos com a portabilidade.
Sobre a importância das regras, 43% dos inqueridos que não usufruem de subscrições online pagas, consideram que mesmo assim seja importante utilizar os serviços no espaço europeu; um pequeno aumento face a 2015, quando apenas um em cada três europeus considerava positivas as medidas. Os mais jovens são os que consideram as medidas importantes, com 69% a favor nas idades compreendidas entre os 15-24 anos; já 52% dos entrevistados com idades entre os 25-39 anos apoiam a medida, caso façam alguma assinatura no futuro.
Outras estatísticas curiosas da sondagem, é que um terço (33%) dos inqueridos que viajam com frequência referem que utilizaram subscrições até uma semana, e 24% referem que usaram entre uma a duas semanas. Os europeus estudantes são os que registaram uma maior utilização de conteúdos online em outros países (45%), enquanto que aqueles que acabaram os estudos com menos de 15 anos registam menos de metade (17%) de utilização, se bem que 47% desses inqueridos afirmam que não viajaram para outros países desde abril de 2018, período em que arrancou as novas regras.
Sobre os serviços mais populares, as subscrições de conteúdos desportivos são os mais utilizados (40%), seguindo-se a música (39%), e depois os videojogos (32%).
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