A polícia espanhola prendeu um alegado pedófilo que contactava menores de 12 anos através de plataformas de jogos de vídeo online para abusar deles, depois de estabelecer uma relação de suposta amizade.
Segundo fontes próximas da investigação em curso, citadas pela agência de informação espanhola Efe, o detido de nacionalidade italiana contactava as vítimas através de jogos como Fortnite, Call of Duty ou World of Warcraft, e depois de estabelecer uma relação de hipotética amizade convencia-os a fazer videochamadas nas quais lhes pedia que lhe mostrassem os seus órgãos sexuais.
A Guarda Civil está convencida de que o detido obteve mais de 2.000 ficheiros de pornografia infantil e utilizou este método para abusar indevidamente de pelo menos 26 menores que vivem em diferentes regiões de Espanha.
Através dos jogos de vídeo, o alegado pedófilo contactava as suas vítimas, com as quais fingiu uma amizade duradoura, sempre através do abuso da sua posição superior e do engano, até as induzir a fazer videochamadas com conteúdo sexual em troca de presentes virtuais.
Desde a sua detenção em novembro passado, a Guarda Civil identificou 26 vítimas com idades compreendidas entre os oito e os 12 anos, não estando excluída a possibilidade de novas vítimas serem detetadas nos próximos meses.
Um tribunal de Getafe (arredores de Madrid), responsável pela investigação, acusou o homem preso de 26 delitos de abuso sexual e recrutamento com o objetivo de produzir pornografia infantil.
A operação, conhecida como "Fontane", começou em julho passado, quando os pais de um rapaz de nove anos em Málaga (Andaluzia) relataram que tinham suspeitas sobre os contactos do seu filho com um adulto através de um jogo de vídeo online.
A Guarda Civil comprovou a existência da relação entre o menor e a pessoa investigada e começou a procurar no resto do país para encontrar outras possíveis vítimas, tendo dado prioridade absoluta à operação.
Durante a investigação, os analistas deste corpo de segurança de natureza militar descobriram que o alegado pedófilo tinha acedido mais de 3.000 vezes, durante um período de dois anos, aos jogos de vídeo em que tinha contactado os menores.
Depois de analisado o material informático apreendido ao detido, foi confirmado que ele tinha acumulado, tanto em dispositivos móveis como na nuvem, mais de 2.000 ficheiros de pornografia infantil.
Verificou-se ainda que tinha feito 81 pagamentos a contas de utilizadores de jogos de vídeo pertencentes a menores, o que correspondia aos presentes com que os induzia a fazer as videochamadas a partir das quais obteve os ficheiros de pedofilia.
Os pais dos menores ficaram surpreendidos ao identificarem os seus filhos nas fotografias que lhes foram mostradas pelos guardas civis, visto que alguns deles afirmaram que os menores não jogavam sem a sua supervisão.
Segundo a Efe e de acordo com fontes próximas da investigação, este alegado pedófilo italiano já tinha sido denunciado em 2005 por atos relacionados com abuso sexual, mas apenas uma vítima foi identificada na altura.
O homem agora preso foi deportado para Itália e, anos mais tarde, regressou a Espanha, onde há meses atrás teria começado a cometer estes crimes contra a liberdade sexual dos menores.
O alegado pedófilo também se oferecia como instrutor desportivo, instrutor de campo e professor de inglês, entre outras atividades relacionadas com menores, embora durante a investigação não tenha sido possível estabelecer que tenha sido contratado para qualquer destes serviços.
Tendo em conta o material que foi apreendido a este homem, os agentes detetaram um caso de abuso sexual físico de um menor que conheceu e enganou numa praia de nudismo, um local frequentado pelo detido.
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