
Durante o dia de ontem, a SpaceX concluiu mais um duplo lançamento dos foguetões Falcon 9 com sucesso, transportando mais 56 satélites da rede Starlink para o espaço, feito que permitiu ultrapassar a marca de 10.000 satélites colocados em órbita.
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O primeiro lançamento ocorreu na Flórida, no Cabo Canaveral, onde o foguetão Falcon 9 utilizado cumpriu a sua 31ª missão ao espaço, acompanhado de um segundo Falcon 9, desta vez lançado no Vandenberg Space Force Base na Califórnia, repetindo a proeza, tendo este cumprido com sucesso a sua 11ª missão.
Com estes lançamentos, a SpaceX consegue igualar o número recorde de lançamentos anuais, ainda com mais de dois meses até ao final do ano. Cada foguetão transportava no seu compartimento superior 28 satélites.
Rede Starlink cada vez mais extensa
Apesar dos (agora) mais de 10.000 satélites lançados em órbita desde 2018, apenas 8.608 estão operacionais. Esta situação deve-se à existência de satélites que ou falharam durante o seu lançamento (a saírem do compartimento superior do foguetão) ou por danos causados por pequenos objetos celestes que colidiram com os mesmos, como meteoritos.
Estes satélites encontram-se numa órbita baixa (550 km), razão pelo qual podem ser visíveis à noite, a olho nu, num local com pouco ruído visual. O seu posicionamento estudado permite que a velocidade de comunicação seja significativamente inferior ao dos satélites tradicionais, oferecendo latências de apenas 25 ms, comparativamente aos 600 ms das ligações de satélite convencionais.

Estes satélites comunicam entre si através de três mini lasers (Ligações Óticas Intersatélites – ISL), sendo capazes de se deslocar (ligeiramente) usando propulsores de iões, com gás árgon, e têm uma duração de vida útil de 5 anos, estes estão preparados para se desintegrar aquando a sua entrada na órbita da terra.
Atualmente os satélites lançados são das versões V2 mini, satélites de última geração que representam uma melhoria significativa em termos de características técnicas. Estes novos satélites comunicam entre si a uma velocidade de 200 Gbps, e são capazes de uma ligação para a Terra (downlink) de 96 Gbps, e têm uma capacidade total de backhaul de 1,3 Tbps, o que representa um aumento quatro vezes superior à capacidade dos anteriores satélites V1.5 (24 Gbps).
Devido às exigências energéticas do novo hardware, foi essencial mudar os painéis solares (maiores), e aplicação de um novo sistema de propulsão para garantir uma maior estabilização em órbita. Isto levou a que os novos satélites meçam 4,1 metros de comprimento e 2,7 metros de largura, e o peso tenha crescido dos anteriores 306 kg para cerca de 800 kg.

Por esta razão, o número de lançamento de satélites por foguetão teve que ser reduzido. Se, neste lançamento, cada Falcon 9 conseguiu transportar 28 satélites, nos modelos V1.5, era possível lançar de uma só vez entre 50 e 60 satélites. Falta apenas referir que, até ao momento, a FCC (Federal Communications Commission) só autorizou a SpaceX a lançar um máximo de 12.000 satélites, mas está por aprovar a possibilidade de expansão do limite para um máximo de 30.000.
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