Chegam-nos boas novas do outro lado do Atlântico. Esta segunda-feira, IBM, Globalfoundries e Samsung anunciaram a criação de um novo processo de fabrico que permitirá abrir caminho à massificação dos processadores de cinco nanómetros.
A equipa diz ter recorrido às mesmas técnicas de litografia ultravioleta que utilizou na concepção do chip de sete nanómetros, mas indica que, desta vez, não utilizou o transístor FinFET. Em vez disso, foram utilizadas folhas microscópicas de silício.
A mudança na arquitetura do sistema é essencial para possibilitar a maximização do desempenho dos circuitos individuais ao mesmo tempo que estes ficam acomodados num espaço mínimo. Neste caso, o equivalente a uma unha.
Em comparação com a solução de sete nanómetros, que era capaz de integrar cerca de 20 mil milhões de transístores, esta nova versão consegue chegar aos 30 mil milhões.
Para a IBM, esta é uma técnica que servirá essencialmente os novos aparelhos de IoT e os equipamentos móveis que terão de dispensar menos bateria ao processamento. Na prática, diz a tecnológica, será possível conceber telefones com "o dobro ou o triplo" do tempo de bateria que têm neste momento.
Até à implementação deste sistema, no entanto, certamente que ainda terá de esperar vários anos. Embora os laboratórios estejam já a desbravar caminho no campo dos cinco nanómetros, os chips de sete nanómetros ainda nem sequer chegaram à indústria móvel. É esperado que comecem a ser utilizados em 2018, mas, caso se verifique, ainda deverá ter de esperar cerca de dois ou três anos até poder adquirir um smartphone com um processador de cinco nanómetros.
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