Como é habitual, o ano astronómico inaugura com uma chuva de estrelas Quadrântidas e com a promessa de que o céu noturno possa apresentar até 120 estrelas cadentes por hora.
Depois do periélio, na madrugada desta quinta-feira, dia 4 de janeiro, as Quadrântidas vão cair “aos molhos” do céu noturno, candidatando o seu espetáculo ao melhor de 2024 dentro do género.
A maioria das chuvas de meteoritos tem um pico de dois dias, o que não acontece com as Quadrântidas, que terão um pico apenas de algumas horas. Neste período podem, normalmente, ser vistos de 60 a 200 meteoros Quadrantídeos por hora, sob condições perfeitas.
Esta madrugada as previsões da NASA apontam para que o pico aconteça durante seis horas no máximo, num intervalo de maior intensidade que em Portugal Continental deverá começar perto da 01h00 da madrugada e terminar um pouco antes das 06h00.
Os meteoros vêm de restos de partículas de cometas e pedaços de asteroides. Quando estes objetos giram em torno do Sol, a poeira que emitem espalha-se gradualmente num rasto em torno das suas órbitas. Todos os anos, a Terra passa por esses vestígios de detritos, o que permite que os pedaços colidam com a atmosfera, onde se desintegram para criar faixas coloridas e de fogo no céu.
No caso das Quadrântidas a origem é o asteroide 2003 EH1, que mede apenas cerca de três quilómetros de diâmetro. Possivelmente um cometa “morto” ou um “cometa rochoso”, o 2003 EH1 leva 5,52 anos para orbitar o Sol uma vez, escreve a NASA.
A atual chuva de estrelas começou no dia 28 de dezembro e pode ser vista até 16 de janeiro, embora com menor intensidade.
Já sabemos que a visibilidade dependerá sempre das condições meteorológicas – que neste momento não são as melhores –, da iluminação “terrestre” circundante e da fase da Lua. Quanto ao satélite natural da Terra, o conselho dos “peritos” é tentar bloqueá-lo com uma árvore ou um prédio.
Se falhar a primeira chuva de estrelas de 2024, saiba que vai ter outras oportunidades ao longo do ano. Num espetáculo comparável, terá as famosas Perseidas, em agosto, que prometem chover a 100 estrelas por hora, e as Geminidas, quase a encerrar a volta ao Sol, com pico de 120 estrelas por hora para o dia 14 de dezembro.
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