Em comunicado, a Uber - que foi a primeira plataforma TVDE (transporte rodoviário individual de passageiros em veículos descaracterizados) a operar no país - refere tratar-se de "uma medida única" no mercado que coloca "Portugal na linha da frente da inovação a nível europeu" (fora da Europa, a medida já existe em mercados como o Brasil ou os Estados Unidos).

"Queremos que todos os utilizadores da Uber, em qualquer viagem, sintam e saibam que estão protegidos por mais de 20 ferramentas de segurança, que desenvolvemos e aperfeiçoamos continuamente, bem como por equipas especializadas em segurança baseadas em Portugal," refere Francisco Vilaça, general manager da Uber em Portugal, citado em comunicado.

A funcionalidade de gravação áudio pode ser ativada pelos utilizadores no momento que pretenderem, seja antes de o motorista chegar ao ponto de recolha ou no decorrer da viagem. A gravação terminará automaticamente no final da viagem ou antes, se o utilizador a terminar.

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Todas as gravações são encriptadas, "protegidas por critérios rigorosos de privacidade", e serão automaticamente eliminadas do smartphone ao fim de sete dias. A gravação nunca pode ser acedida ou partilhada pelo utilizador fora da aplicação.

De acordo com a plataforma, só nos casos em que o utilizador partilha a gravação áudio com a Uber, "no âmbito do reporte de uma questão relacionada com segurança, é que a esta tem acesso à mesma".

"Nestes casos, a gravação é de imediato analisada pelas equipas de suporte da Uber especializadas em segurança, que darão o devido seguimento", refere a plataforma, adiantando ter equipas especializadas em segurança sediadas em Portugal, no seu Centro de Excelência, e uma equipa de segurança composta por 150 antigos agentes da autoridade que investigam e atuam na resolução de incidentes.