Há quase 900 milhões de anos, um buraco negro e muito provavelmente uma estrela de neutrões embateram, enviando ondas gravitacionais (ondulações na curvatura espaço-tempo). O efeito atingiu a Terra recentemente e foi captado pelos detetores do Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO), nos Estados Unidos, e pelo Virgo, do European Gravitational Observatory, em Itália.
Se for confirmada, a deteção pode ser a primeira do género e trará novas perspetivas sobre a teoria geral da relatividade de Einstein e sobre a Física. “Estamos muito confiantes de que acabámos de detetar um buraco negro a ‘engolir’ uma estrela de neutrões”, referiu Susan Scott, investigadora da Universidade Nacional da Austrália, que participou no trabalho.
Cientistas de todo o mundo estão, neste momento, a trocar dados e a juntar cálculos na tentativa de confirmarem a identidade dos dois objetos envolvidos. Dadas as dimensões, os investigadores concordam que o maior é um buraco negro.
Com base nas estimativas iniciais da sua massa, o objeto menor é provavelmente uma estrela de neutrões, o tipo de estrelas mais pequeno e denso do Universo que se conhece. "Mas existe a remota, mas intrigante possibilidade, de que possa ser um buraco negro muito pequeno", ressalvou Susan Scott. Se assim fosse, seria o buraco negro mais pequeno do que qualquer outro já observado.
Entretano a colaboração LIGO-Virgo continua na sua busca por ondas gravitacionais, disponibilizando online todas as deteções registadas.
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