Segundo a PJ, que deteve os suspeitos através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) e em cooperação com os DIAP de Sintra e de Cascais, a investigação teve origem na deteção de operações bancárias suspeitas.

As "transferências oriundas de entidades estrangeiras que, sendo dirigidas a outros beneficiários, acabaram por ser creditadas nas contas dos suspeitos através do modus operandi em causa" levaram a detenção.

Na sequência das detenções, realizadas na área da Grande Lisboa, e das buscas domiciliárias e não domiciliárias executadas, "procedeu-se à apreensão de equipamentos informáticos, produto estupefaciente, cerca de 35 mil euros em numerário e documentação falsa", avança a PJ em comunicado.

Os suspeitos detidos, um português e um estrangeiro, de 36 e 53 anos, são hoje presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

Recorde-se que, ainda na semana passada, a PJ tinha detido em Loures dois homens "suspeitos de pertencerem a um grupo organizado transnacional que se dedica à prática de criminalidade económica financeira, burlas e branqueamento de capitais, através do modus operandi 'CEO Fraud'".

Neste caso, a PJ adiantou que o dinheiro obtido de forma ilícita por esta organização ascendia a cerca de cinco milhões de euros e "tinha proveniência em bancos da Finlândia, burlando empresas desse país".

O valor era depois transferido para contas em bancos portugueses, que eram criadas especificamente para receber estes fundos, e que estavam associadas a empresas fictícias, criadas para esse efeito. O "dinheiro que mal entrava em território nacional era de imediato dissipado para outras contas bancárias", indicou a PJ.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 12h07)