Primeiras impressões: Xiaomi 11T e 11T Pro dão um salto de qualidade sério para a fotografia e vídeo profissional em smartphones

Os novos modelos da série 11 que a Xiaomi acaba de anunciar são os primeiros a deixar cair a designação mi do seu nome, passando a ser conhecidos como Xiaomi 11T Pro e Xiaomi 11T, mas se esta será uma mudança que se estranha, as melhorias que a marca chinesa adiciona aos novos modelos vão eclipsar esta alteração.

O SAPO TEK teve oportunidade de conhecer os novos modelos uns dias antes da apresentação oficial, embora com capacidade limitada de experimentar as novas funcionalidades, especialmente da fotografia e vídeo que exigem mais tempo e espaço. Mesmo assim é fácil perceber que para além das especificações reveladas, que são impressionantes no papel, este é um modelo que vem desafiar os pesos pesados do mercado, em especial os Samsung Galaxy e os novos iPhone 13 que a Apple anunciou ontem.

Por fora o Xiaomi 11T Pro e o Xiaomi 11T são exatamente iguais e não há nada que os distinga, mas é a tecnologia integrada que faz a diferença que se sente no desempenho e em especial no carregamento da bateria. O modelo 11T Pro é o mais artilhado e traz o novo processador Qualcomm Snapdragon 888 de 5 nanómetros, mas a distinção faz-se também com a tecnologia de carregamento HyperCharge de 120W que permite carregar 100% da bateria em apenas 17 minutos.

A tecnologia proprietária da Xiaomi é usada neste modelo pela primeira vez, tirando partido de uma bateria de célula dupla (2x 2.500 mAh que permite um carregamento mais rápido) e uso de grafeno, mas a marca afirma que a segurança está garantida através das certificações obtidas antes do lançamento.

Durante a apresentação a um grupo limitado de jornalistas em Portugal, Tiago Antunes, da Xiaomi Portugal, explicou que se o telefone estiver demasiado quente o sistema de segurança impede que recarregue a bateria, e estão garantidos os 800 ciclos de carregamento sem degradação.

O ecrã AMOLED de 6,67 polegadas de 120 MHz integra a tecnologia Dolby Vision e HDR10+, com mil milhões de cores e 1000 nits de brilho máximo, mas também com uma taxa de resposta ao toque de até 480GHz.

A câmara tripla é partilhada com o modelo 11T, com um sensor principal de alta resolução com 108 MP, o que combinado com a tecnologia de inteligência artificial resulta numa série de melhorias nas fotografias e vídeos. Para além da câmara de grande angular de 108 MP conta com uma grande angular de 120 graus, e uma telemacro 2X, mas a Xiaomi adiciona ainda modos automáticos para melhora a captura de imagens em zoom, com o Magic Zoom.

É o “cinema num click” como a Xiaomi explica, onde entra a capacidade de captação de Video 8K, o zoom de áudio e vários efeitos de transição de vídeo simplificados para garantir composições mais cinematográficas. Na edição de imagens é possível eliminar elementos ou pessoas e uniformizar o fundo.

O modelo Xiaomi mi 11 Ultra, que foi lançado na China no início do ano, já tinha uma aposta clara nas especificações de fotografia, com o sensor de 108 MP, mas esteticamente os novos Xiaomi 11 acabam por ser mais equilibrados, sem terem um impacto tão grande na traseira do bloco das câmaras.

Xiaomi 11T igual por fora mas menos "artilhado" por dentro

Para além da fotografia, muitas das características do Xiaomi 11T são partilhadas com o modelo Pro, como a dimensão e peso, e qualidade do ecrã, mas as diferenças fazem-se no processador usado, que é um Media Tek 1200 ultra de 6 nanómetros.

Os dois modelos chegam ao mercado português a 4 de outubro com preços a partir de 499 euros para o modelo Xiaomi 11T de 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, que sobem  para 599 com armazenamento de 256 GB. O modelo mais Pro, o Xiaomi 11T Pro de 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento custa 699 euros, mas quem optar por 128 GB tem de pagar 649 euros, uma diferença que não vale mesmo a pena num equipamento como este.

As pré vendas começam já na próxima semana, a 23 de setembro, e quem  comprar os novos Xiaomi 11T Pro recebe de oferta um televisor Mi TV P1 Series de 32 polegadas, com Android TV, uma decisão que foi tomada a nível ibérico e que puxa à criação de conteúdo. E que torna a decisão de compra dos novos smartphones ainda mais interessante.