Há uma nova lei de censura publicada por Moscovo com direito a multas pesadas para quem navegue em conteúdos que o Governo considera como “extremistas”. O Ministério da Justiça Russo mantém uma lista de organizações que considera extremistas, onde se incluem a Fundação Anticorrupção Alexei Navalny, Centros Administrativos de Testemunhas de Jeová ou publicações ligadas a movimentos internacionais LGBT.

A lei encontra-se em face de apreciação, tendo já passado na primeira leitura, correspondente à discussão, esperando-se a segunda e terceira leitura até ao fim do verão, esperando-se tomar efeito no dia 1 de setembro, avança o The Insider. Na página do Telegram do projeto russo Net Freedoms, é referido que esta lei proposta, qualquer utilizador pode enfrentar multas simplesmente por entrar numa pesquisa proibida ou clicando num link, mesmo que seja por acidente.

O acesso a estes conteúdos, seja através de ferramentas de software ou hardware, pode ser punível por multas que variam entre os 3.000 a 5.000 rúpias (33 euros a 55 euros).

As autoridades russas vão monitorizar os dados provenientes de motores de pesquisa, operadores de telecomunicações e até dos administradores de redes públicas de Wi-Fi localizados em estações do metro, cafés ou hotéis. “A não ser que os utilizadores protejam o seu tráfego, os fornecedores podem ver quais os websites os visitantes entram e que aplicações têm a correr nos seus equipamentos”, aponta a publicação russa.

Também o histórico de navegação, as pesquisas feitas no Google ou os conteúdos dos equipamentos que forem arrestados ou inspecionados nas detenções servem como outras fontes de informação. A lei obriga aos motores de busca russos e empresas de redes sociais a partilharem as pesquisas dos utilizadores e outros dados pessoais com os serviços de segurança russa.