Nem mesmo a “perda” do módulo lunar da missão Chandrayaan-2 parece demover a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO na sigla em inglês) de querer chegar à Lua. A entidade confirmou logo no início do novo ano uma terceira missão lunar que poderá ser lançada já em 2020.

De acordo com Kailasavadivoo Sivan, diretor da agência espacial, citado numa conferência de imprensa, a Chandrayaan-3, à semelhança da missão anterior, vai tentar chegar ao pólo sul da Lua, uma área pouco explorada do satélite natural onde poderão existir vastos depósitos de água congelada. A nova missão terá um custo de cerca de 86 milhões de dólares e incluirá não só uma nave não-tripulada, mas também um robot de exploração da superfície lunar, avança o India Today.

Recorde-se que em julho de 2019, a Índia preparava-se para lançar a sua segunda missão à Lua, com o envio da nave não tripulada Chandrayaan-2, mas esta acabou por ser cancelada a menos de uma hora da sua descolagem. Segundo um porta-voz da Organização de Investigação Espacial da Índia, foi detetado um problema técnico no sistema do veículo de lançamento.

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A ambiciosa missão foi retomada ainda no mesmo mês, com uma nova oportunidade de lançamento bem-sucedida, a bordo do foguetão indiano GSLV MK-III. No entanto, nem tudo correu como planeado, pois o Vikram, o lander da Chandrayaan-2, perdeu a comunicação com a Terra a pouca distância da superfície da Lua.

Caso consiga ser bem-sucedida na Chandrayaan-3, a Índia torna-se o quarto país a fazer uma alunagem, depois da Rússia, Estados Unidos e China. A primeira missão lunar da Índia aconteceu em 2008 e ajudou a confirmar a presença de água na Lua, embora não tenha aterrado na superfície da Lua. Se tudo correr como planeado com a nova missão, a Índia poderá lançar uma missão tripulada à Lua nos próximos anos.