Mais um ano e o 5G continua a não ser rentabilizado pelas operadoras que comprometeram mais de 566 milhões de euros nas licenças, a que se somam investimentos nas infraestruturas. Mas há sinais positivos para a melhoria da conetividade em Portugal com o concurso para fibra nas zonas brancas.
Com a resposta da Comissão Europeia à notificação enviada pela Anacom no mês passado, o processo está concluído e serão impostas as obrigações determinadas pela entidade reguladora.
Embora condição necessária, a regulação do acesso às infraestruturas físicas da MEO não se revelou suficiente para a promoção da concorrência em algumas zonas do país, diz a Anacom. São mais de 400 as freguesias onde não existe concorrência efetiva.
Segundo a Vodafone, o novo serviço quer dar resposta às necessidades dos clientes mais exigentes: de quem tem uma casa com grandes áreas que precisam de ter um ponto de acesso de fibra dedicado em cada divisão aos gamers e streamers.
Os operadores europeus, onde se inclui a Altice Portugal, pedem um pagamento justo pela utilização das infraestruturas por parte das grandes empresas tecnológicas, o chamado Fair Share.
Esta é a primeira oferta de 10 Gbps e resulta da inovação desenvolvida pela Altice Labs em Aveiro. O serviço de 10Gbps foi pensado para famílias com vários equipamentos conectados e para PMEs com necessidades de internet cada vez mais veloz, com menor latência e maior fiabilidade.
O acesso em banda larga fixa está a crescer e 92 em cada 100 famílias tem uma ligação de fibra ou cabo. A larga maioria conta com ligações a mais de 100 Mbps e o tráfego médio também cresce.
Os resultados do primeiro trimestre mostram um crescimento das receitas da Altice Portugal, que se fixam nos 699 milhões de euros. Neste período o investimento ascende a 111 milhões de euros, mais 7,7% do que no período homólogo.
Depois de uma avaliação preliminar, a ANACOM conclui que "a MEO ou as empresas do Grupo Altice são identificadas como empresas com poder de mercado significativo" nos mercados analisados, impondo um conjunto de obrigações. A operadora vai ter de garantir acesso à sua rede de fibra em 612 freguesias,
A operadora de origem romena, que tem licença para operar o 5G em Portugal, já tinha confirmado planos para lançar uma oferta de fibra e comunicações móveis este ano. A comercialização estará para breve, em várias zonas do país.
Ao todo, em 2022, o número de clientes residenciais de serviços de alta velocidade em local fixo atingiu 3,5 milhões de utilizadores, segundo dados da Anacom.
Foi hoje aprovada em Conselho de Ministros a Estratégia Nacional para a Conetividade em Redes de Comunicações Eletrónicas de Capacidade Muito Elevada 2023-2030. Concurso público para cobertura de "áreas brancas" vai avançar no primeiro trimestre.
A Altice Portugal acaba de apresentar os resultados financeiros do terceiro trimestre com receitas de 680,4 milhões de euros e um crescimento ed 15,4% face ao período homólogo. A empresa liderada por Ana Figueiredo regista um EBITDA de 233,6 milhões.
O negócio foi anunciado no final de Setembro mas ainda decorre a fase de autorizações. A notificação vai ser feita à Autoridade da Concorrência na primeira quinzena de novembro, adiantou hoje Mário Vaz CEO da empresa.
Noutros tempos, o ADSL foi uma tecnologia de topo para a ligação à Internet, hoje não chega a pesar 5%, ultrapassado por serviços ultrarrápidos onde a fibra é a opção que mais se destaca e a única que cresceu nos primeiros seis meses do ano.
Até ao final de junho, a operadora somou 890 mil clientes de banda larga e a sua rede de fibra está instalada em 4,2 milhões de casas e empresas, somando receitas para o primeiro trimestre de 275 milhões de euros.
A partir da loja é possível escolher o operador e o serviço e fazer a adesão, depois de verificar que a zona em questão está coberta pela tecnologia e por ofertas dos operadores. A GetOn foi lançada pela dstelecom.
As primeiras 10 freguesias “100% fibra” foram anunciadas em abril de 2019 e Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, confirmou hoje que no início de 2022 a cobertura integral em fibra vai chegar a 1000 freguesias.
Os resultados trimestrais dos três maiores operadores de telecomunicações foram revelados esta terça-feira. Mais receitas e mais clientes marcaram a atividade das empresas entre julho e setembro.
A Nowo foi uma das empresas que participou no leilão do 5G e investiu 70 milhões de euros para poder ter serviços móveis, mas a operadora também quer investir mais na rede fixa.
Os tecidos feitos à base de OmniFiber poderão ser usados em peças de roupa para cantores ou atletas, permitindo controlar a respiração de uma melhor forma, ou ainda para ajudar pessoas com determinadas condições, como COVID-19, ou pacientes de cirurgias a recuperar o seu padrão respiratório.
Os dados são da Anacom e também mostram que a fibra continua a ganhar terreno ao cabo, que ainda assim continua a servir 30% dos assinantes de serviços de TV por subscrição, um segmento liderado pela MEO.
Apesar do contexto de crise pandémica em 2020, as receitas da Altice Portugal cresceram 0,5% e a EBITDA aumentou 0,2% num ano em que a empresa aumentou investimento e destaca o desempenho operacional com liderança nos vários segmentos do mercado de telecomunicações.
Em audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, o ministro Pedro Nuno Santos afirmou que "estou muito contente com o decurso do leilão" e diz que as queixas das operadoras são um problema delas.