Nas últimas semanas várias movimentações fazem prever que os serviços de comunicações da Digi Communications, um dos operadores que participou e comprou licenças para operar o 5G em Portugal, estão prestes a ser lançados no país.
O jornal Cidade Hoje, de Vila Nova de Famalicão, confirmou junto de uma equipa da empresa no terreno, os preparativos para lançar serviços de internet de banda larga na cidade em breve. Não conseguiu confirmar a data de lançamento da nova oferta nem os preços, mas além de identificar a visita de equipas de técnicos da empresa em prédios da cidade, dá nota de intervenções em diferentes condutas e infraestruturas de de telecomunicações na região, como confirmou ao SAPO TeK.
Em fóruns de internet têm também surgido vários relatos da instalação de fibra e intervenções em antenas em diferentes zonas do país, por equipas da Digi. Porto, Braga, Coimbra, Lisboa, Amadora, Setúbal e Almada são alguns dos concelhos referidos por utilizadores que têm testemunhado intervenções no terreno de técnicos da empresa.
Num destes fóruns, o Zwame, surgiu há dias também uma imagem do site da Digi para Portugal, que já não está disponível - o acesso ao site está agora limitado a quem tem senhas de acesso. Ainda em versão de testes e online apenas por tempo limitado, a página indicava no entanto que a operadora chega em breve ao país.
A Digi foi um dos operadores a garantir licenças de espectro para operar o 5G no leilão realizado em Portugal. A operadora de origem romena também fornece serviços de telecomunicações no seu país, em Itália, Bélgica e em Espanha, onde tem ganho quota de mercado graças à estratégia de preços agressiva. Em Portugal investiu 67 milhões de euros no leilão 5G, mas tem protelado o lançamento de serviços.
Em maio do ano passado, num comentário ao Eco sobre o tipo de serviços que iria disponibilizar em Portugal, fonte oficial da Digi explicava: a “Digi Portugal encontra-se a trabalhar no sentido de investir em redes de alta velocidade, de nova geração e tecnologia de ponta, que permitam entregar os serviços mais modernos e com elevados padrões de qualidade aos consumidores portugueses”.
Com a declaração ficava também a perceber-se o nome com que a empresa pretende operar no mercado português: Digi Portugal, uma designação diferente do nome de registo da entidade que participou no leilão 5G, Dixarobil.
Na mesma altura, a operadora revelava que tinha já uma equipa de 70 pessoas a trabalhar em Portugal e planos para avançar com a construção das suas próprias redes a partir de junho. Entretanto, e nos termos previstos nas licenças adquiridas à Anacom, a Digi tem também garantidas condições de acesso às redes dos operadores que já as têm, para poder suportar os seus serviços. Isso significa que em algumas zonas do país a operadora disponibilizará serviços a partir de uma infraestrutura própria, noutras não, o que terá provavelmente impacto no preço da oferta, como acontece em Espanha.
Em Espanha, a Digi soma já mais de 4,6 milhões de clientes. Os pacotes de comunicações comercializados pela empresa no país vizinho começam com uma mensalidade de 20€, que dá acesso a internet fixa de 500 Mbps, sobre fibra, e comunicações móveis gratuitas, com um tráfego de dados incluído de 10 GB. Por 35€ mensais, o pacote de topo da Digi combina internet fixa a 10 Gbps e comunicações de voz móvel ilimitadas, mais 100 GB para tráfego de dados móveis. Há também ofertas só de internet fixa, a partir de 15€, ou só de comunicações móveis de voz e dados, com mensalidades a partir de 3€/mês, que incluem 3GB de tráfego e 100 minutos de voz em Espanha.
Em todos os pacotes o tráfego de dados móveis disponível é acumulável e as ofertas, nestas condições, só são válidas para os locais do país onde a empresa tem rede própria. A Digi também assegura uma oferta nacional em Espanha, usando as redes de terceiros onde não tem infraestrutura. Nos pacotes de internet fixa + telemóvel os preços desta oferta variam entre os 30 e os 36€. Em Espanha a Digi não tem serviços de televisão.
O SAPO TeK contactou a Digi Communications para mais esclarecimentos, até à data de publicação do artigo não recebeu resposta da empresa.
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