Por André Mira (*)
As últimas duas décadas movimentaram a sociedade digital numa mudança incrivelmente rápida e em várias frentes, com o hardware e o software a acompanharem a inovação. Os novos comportamentos sociais e a adesão em massa de novos utilizadores trouxe consigo uma série de necessidades em ambientes pessoais e empresariais face às suas exigências para com estas ferramentas tecnológicas.
Com este panorama, o design das soluções passou a requerer uma atenção especial. A rápida mudança de paradigmas e a evolução social e tecnológica tornou os produtos digitais mais complexos – mais difíceis de definir e com maiores desafios a solucionar.
No p.C (pré-COVID) fornecer uma solução a um problema específico era mais simples. Agora, evoluiu para um conjunto de diferentes soluções, plataformas e variações sobre o mesmo tema num só produto digital: a sociedade tornou-se mais digital e os produtos mais complexos, agregando diferentes fins. Ao longo das últimas décadas nem sempre houve uma responsabilidade das equipas em produzir as melhores experiências de utilização, mas sim as soluções mais rápidas, o que o torna o produto deficiente (non-user-centric).
É aqui que entra o Design – uma parte essencial num processo de desenvolvimento de produtos digitais, de exigente detalhe e que requer uma multidisciplinaridade de equipas com o mesmo objetivo. Não se trata de resolver o problema, mas sim percebê-lo. O produto digital tem que ser robusto e com um design centrado no utilizador.
Mas o Design de Produtos Digitais, apesar de se estar a tornar bastante emergente, continua a ser bastante confuso para a maioria das pessoas. Não é apenas o sinónimo de arte, beleza ou um simples desenho; é a capacidade de encontrar a lógica no caos, de resolver problemas complexos e acima de tudo um comportamento que está presente em quase tudo.
Muitas das vezes, num produto digital, o Design é impercetível. Ao promoverem experiências únicas, que levem o utilizador de uma situação existente a uma situação desejada sem qualquer atrito, revelam um resultado de desenvolvimento positivo, mesmo não sendo visível ou tangível.
Uma equipa de desenvolvimento de Produtos Digitais de alta qualidade não deve ser estanque entre as suas áreas. As equipas de Design e de Engenharia e Produto devem convergir numa interação global e multidisciplinar, estando envolvidas no design de um produto digital desde a fase inicial de conceptualização até à sua entrega.
O Design de Produtos Digitais pode ser visto como uma abordagem, um processo iterativo de tentativa e erro e de interação com pessoas. A soma dos conhecimentos gerais das equipas num processo de design é importantíssima, pois é ela que, juntamente permite solucionar os problemas mais complexos.
(*) UX/UI Specialist, DXspark
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