Ao todo, em 2022, o tráfego de Internet em banda larga fixa aumentou 8,2%. De acordo com novos dados avançados pela ANACOM, o valor ultrapassou o máximo histórico que foi verificado durante o período da pandemia de COVID-19.
A entidade reguladora detalha que o tráfego mensal por acesso foi de 250 GB, numa subida de 4,4% em comparação com 2021. A pandemia deixou de ter impacto no tráfego médio por acesso no primeiro semestre do ano passado, verificando-se um regresso à tendência de crescimento pré-COVID.
Recorde-se que, em 2021, a pandemia de COVID-19 fez com que o tráfego médio por acesso aumentasse 21,3%. A ANACOM indica que a evolução registada está relacionada com o fim das principais medidas de combate à pandemia.
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Segundo os dados avançados, no final do ano passado, “a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 91 por cada 100 famílias”, o que representa uma subida de 3,1 pontos percentuais (p.p.) face a 2021.
O número de acessos de banda larga fixa aumentou em 159 mil (mais 3,7%), atingindo a marca dos 4,5 milhões. A ANACOM realça que a fibra ótica (FTTH) afirmou-se como a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, com 66,6% dos acessos (mais 3,7 p.p.).
“A FTTH foi também responsável pelo crescimento do número de acessos”, indica a entidade reguladora. Ao longo dos últimos 12 meses foi possível registar um aumento de 10,1% no número de acessos suportados em fibra ótica.
Por outro lado, os acessos suportados em redes de TV por cabo registaram uma diminuição de 0,5%, representando 26,6% do total de acessos (menos 1,1 p.p.). Os acessos fixos suportados em redes móveis também diminuíram, neste caso, 6,3%, perfazendo 5,6% do total (menos 0,6 p.p.). Os acessos ADSL continuam a diminuir, tendo registado uma queda de 31,0% e representando 4,0% do total de acessos.
Os dados dão a conhecer que 89% dos acessos eram de banda larga ultrarrápida, numa subida de 2,8 p.p. em comparação com 2021. Em julho do ano passado, Portugal era o quarto país da UE com “maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps”.
Em 2022, a MEO alcançou uma quota de subscritores de 40,9% no que respeita ao serviço de acesso à Internet em banda larga fixa . Segue-se a NOS, com 34,0%, a Vodafone, com 21,7%, e a NOWO, com 2,9%.
A ANACOM indica que a Vodafone foi “o prestador cuja quota de acessos mais aumentou” em comparação com 2021, com mais 0,3 p.p.. Segue-se a MEO, com uma subida de 0,2 p.p., sendo também “o prestador que captou mais clientes em termos líquidos”. Já as quotas da NOS e da NOWO diminuíram 0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente.
Considerando apenas os acessos residenciais, a MEO contou com a quota de subscritores mais alta, com 39,2%. A NOS ocupa o segundo lugar, com 36,3%, seguindo-se a Vodafone, com 20,8%, e a NOWO, com 3,3%.
As quotas da Vodafone e MEO registaram um crescimento de 0,4 p.p. e de 0,2 p.p., respetivamente. As da NOS e da NOWO diminuíram 0.4 p.p. e 0,3 p.p. respetivamente. No que toca às quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu 41,4% (mais 1,5 p.p.). Segue-se a NOS, com 30,4% (menos 3,0 p.p.), a Vodafone, com 24,6% (mais 1,5 p.p.) e a NOWO, com 1,8%.
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