No ano passado Portugal conquistou 248 novos projetos de investimento direto estrangeiro, posicionando-se como o 6º país europeu com maior taxa de crescimento na captação deste tipo de projetos e o terceiro que mais cresceu no contexto da União Europeia (6,7%).
Nas áreas de software e serviços de Tecnologias de Informação, a atratividade de Portugal, enquanto destino de investimento estrangeiro, conseguiu destacar-se ainda mais. Como já acontece desde 2000, o país é o 4º do ranking.
Em 2022, esta posição traduziu-se na captação de 99 projetos nas áreas do software ou serviços de Tecnologias de Informação, dos quais 78 representavam empresas que estabeleceram operações no país pela primeira vez, como revela a edição mais recente do estudo EY Attractiveness Survey Portugal.
A maior parte do IDE em 2022 veio de empresas da Alemanha, Estados Unidos, França, Reino Unido e Espanha. A Alemanha assumiu-se como a nacionalidade de origem do maior volume de investimento realizado (36), ultrapassando os Estados Unidos e ficando também dois lugares à frente de França.
Destes três países, a maior parte dos investimentos realizados encaixam nas áreas de software e serviços TI, representando 39,4% do total de projetos do sector. Outras geografias começam também, no entanto, a ganhar destaque no IDE no sector em Portugal, como os Países Baixos e a Dinamarca, que passaram de quatro e dois projetos para 14 e oito projetos.
O EY Attractiveness Survey Portugal avalia a perceção dos investidores estrangeiros relativamente à atratividade do país enquanto destino de IDE. Esse indicador de atratividade é aqui definido por critérios de imagem, confiança do investidor e perceção da capacidade do país para oferecer os benefícios mais competitivos para o IDE.
Para a boa imagem de Portugal nesta área contribuem vários fatores, entre eles o facto de Portugal ser o berço de sete unicórnios (a maioria hoje com sede nos EUA), mais do que Itália, Espanha e Grécia juntas. Portugal destaca-se também a nível europeu na questão do talento, com 29% dos investidores a considerarem que o país está acima da média europeia, em termos de disponibilidade e qualidade do talento.
Conclui-se ainda que Portugal é visto como um país alinhado com a Europa no que se refere à proteção de dados e à disponibilidade de mão-de-obra com competências tecnológicas, embora a precisar de melhorar a sua sensibilização para a inovação.
Outros fatores a favor de Portugal serão a qualidade das instituições (com um ambiente social, político, jurídico, fiscal e financeiro seguro e estável), a logística global simplificada (tanto para o mar como para o interior da Europa), a maior disponibilidade de Internet e eletricidade verde e a formação dos recursos humanos, com destaque para áreas como as STEM.
Mais de metade dos investidores ouvidos (59%) prevêem que a atratividade Portugal continue a melhorar nos próximos três anos. Quase três quintos destes investidores auscultados (73%) demonstram interesse em investir em Portugal, face a uma média europeia de 67%. Já os investimentos a realizar em Portugal nos próximos anos terão potencialmente mais expressão nas áreas de vendas e marketing (52%), I&D e serviços às empresas.
Os dados deste novo estudo da EY mostram ainda que Portugal ganhou destaque no total dos projetos de IDE europeus. Entre 2018 e 2022, o peso relativo do país no total de projetos de IDE na Europa passou de 1,2% para 4,2% e o peso dos postos de trabalho criados em Portugal, à boleia destes investimentos, representaram 6,4% do total de emprego criado na Europa.
No estudo da EY participaram 202 decisores de todas as origens, 62% dos quais já com negócios em Portugal: Europa Ocidental (67%), América do Norte (19%), Europa do Norte (5%), Ásia (4,5%), Brasil (4%) e Europa de Leste (0,5%). No total, 62% dos 202 investidores inquiridos estão em Portugal.
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