Qual é o serviço de televisão com a melhor experiência de usabilidade? Um novo estudo da DECO PROTESTE, que comparou os serviços dos quatro principais operadores em Portugal, mostra que a Vodafone é quem se destaca pela positiva na experiência de utilização.
A DECO PROTESTE detalha que, em relação às principais falhas dos sistemas analisados, o consumo exagerado de energia das boxes em standby continua a ser a lacuna mais notória.
A NOWO conta com os gastos globais mais moderados: 13,7 W, pelo router e pela box em standby. Por outro lado, apesar de marcar pontos noutros parâmetros, o serviço da Vodafone é o que mais consome, com os gastos globais a situarem-se nos 17,6 W.
Olhando para o processo de configuração durante a primeira utilização das boxes, os resultados da análise da DECO PROTESTE indicam que apenas a Vodafone dá aos utilizadores a possibilidade de aprovar, ou não, as opções de "Ler e Aceitar a Declaração de Privacidade" e "Ativar o Modo Inteligente".
Embora a NOS apresente os termos e condições durante este processo, os mesmos têm de ser aceites “em bloco”. A publicidade direcionada pode ser desativada nos menus, mas, como realçam os especialistas, “o sistema de recomendações é impossível de desligar”.
A ordenação manual de canais é apenas possível no caso da Vodafone. Já a NOWO e a NOS só permitem a organização manual dos canais favoritos. No caso da MEO, as “listas de conteúdos preferidos estão unicamente vedadas”, afirma a DECO PROTESTE.
Segundo os especialistas, todos os serviços em análise permitem que os utilizadores visualizem conteúdos emitidos nos sete dias anteriores e que consultem a programação para os próximos seis dias, destacando o acesso intuitivo às gravações automáticas.
O acesso ao guia eletrónico de programas é também intuitivo, se bem que o da MEO possa “exigir mais tempo de aprendizagem” por parte dos utilizadores, uma vez que aposta por organizar os conteúdos por temas. No entanto, a localização de conteúdos é vista pela DECO PROTESTE como uma área onde o operador compensa.
A Vodafone destaca-se na gestão das gravações, apesar de os outros serviços em análise disponibilizarem opções satisfatórias. No que toca ao zapping, nos serviço da NOS é apenas necessário 23 segundos para “saltar” entre 15 canais. Do outro lado do espetro encontra-se a NOWO, onde este processo demora mais de um minuto.
Apesar de todos os serviços em análise contarem com comandos que permitem mudanças de canal e controlos de som intuitivos, o da Vodafone é o que oferece a pior adaptação à mão, se bem que a operadora tenha vindo a fazer melhorias. Tanto a MEO como a NOS e a NOWO tem comando com microfone, no entanto, o último não permite pesquisas por voz.
Os especialistas indicam que a opção da MEO, com uma abordagem mais minimalista a nível de botões, parece mais vocacionada para um leitor multimédia. Note-se que, de acordo com declarações do operador prestadas à DECO PROTESTE, o comando pode ser trocado, sem custos, por outro mais completo.
A mudança de serviços tem de ser uma "dor de cabeça"?
Como detalha António Alves, porta-voz da DECO PROTESTE, ao SAPO TEK, é necessário considerar que o serviço de televisão é um dos que integram os pacotes que agregam múltiplos serviços de comunicações eletrónicas, como 3P e 4P, que "são muito populares em Portugal".
De acordo com dados recentes da ANACOM, no primeiro trimestre deste ano, o número de subscritores de pacotes de serviços situava-se nos 4,6 milhões, num crescimento de 3,4% em comparação com o período homólogo em 2022.
A subida deveu-se exclusivamente às ofertas 4/5P, que passaram a contabilizar 2,5 milhões de subscritores. As ofertas 3P ainda têm “peso”, com 1,7 milhões de subscritores, se bem que tenham registado uma descida de 1,2%.
Embora existam outros critérios que têm mais relevância para os consumidores na altura de escolher um serviço, passando muitas vezes “ um pouco ao lado das pessoas”, a usabilidade “também faz a diferença no dia a dia”, realça António Alves, seja pelas possibilidades disponíveis no serviço de TV, pela facilidade de uso ou pelo consumo dos aparelhos, “que depois também se vai refletir na conta da eletricidade ao fim do mês”.
A usabilidade tem também impacto em particular para as pessoas com mais idade ou que tenham menor à vontade com a tecnologia, algo que foi notório durante a análise realizada, afirma o porta-voz.
Além de servir para consciencializar os operadores para possíveis alterações que poderiam fazer nos seus serviços, a DECO PROTESTE quer também dar a conhecer aos consumidores que mudar de serviço não é impossível.
“Nós temos uma quantidade enorme de consumidores que estão fidelizados”, detalha António Alves. Além disso, quando os contratos estão perto do seu término, os operadores apresentam aos consumidores propostas para uma nova fidelização, em muitos dos casos com ofertas específicas. “As pessoas, perante este cenário, sentem-se presas ao operador”.
Mas, como enfatiza, “a pessoa não está propriamente de mãos atadas”. Aqui existem vários fatores a considerar, incluindo não só o período que falta para terminar o contrato, mas também os motivos que levam a rescisão. A plataforma de cessação de contratos, criada no contexto da nova lei das comunicações eletrónicas, dá também uma ajuda aos consumidores para saberem os valores e as condições de uma rescisão antecipada.
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