A Anacom divulgou dados sobre o estado das telecomunicações em Portugal, traçando comparações diretas com as métricas da União Europeia. A infografia destaca diversos pontos, tais como a taxa de penetração dos serviços, nomeadamente o serviço de acesso à internet residencial, aquele que é consumido pelas famílias; os serviços baseados em internet, assim como as principais assimetrias na utilização da rede.
Segundo os dados do regulador, o serviço de acesso à internet residencial é acedido por 84% das famílias portuguesas, um valor abaixo da média da União Europeia que é de 91%. A Anacom diz que Portugal era o quarto país da UE em que a iliteracia digital era a principal razão para que as pessoas não tivessem acesso à internet. E isso reflete-se nos 18% de pessoas que nunca utilizaram internet, contra os 9% da média europeia. É referido que as pessoas reformadas ou de mais idade, com níveis de escolaridade mais baixos ou famílias com rendimentos mais baixos são os estratos com maior peso em Portugal do que a média europeia.
Quanto ao acesso do serviço telefónico móvel, há uma média de 146,5 acessos por 100 habitantes, contra os 172,4 da UE. Na mesma estatística para o serviço telefónico fixo, Portugal apresenta 49,5 acessos por 100 habitantes, contra os 38,5 da União Europeia. A Anacom diz que neste caso, o serviço está em queda em todo o território europeu, exceto em Portugal, Áustria, Hungria e Espanha.
Veja na galeria as infografias com os valores apresentados pela Anacom:
Relativamente à banda larga fixa residencial, 79% das famílias portuguesas têm acesso, tornando Portugal o terceiro país da União Europeia com maior proporção de acessos com 100 Mbps ou superior. Já a banda larga móvel residencial a média está abaixo da Europa, com 48% contra os 58%. Apesar de valores mais próximos que a média da UE, a banda larga fixa empresarial em Portugal está acima com 95% contra os 93%, mas na móvel as empresas estão abaixo, com 67% contra os 70% da UE. A Anacom diz que Portugal contratava velocidades de download superiores à média europeia.
Na aquisição de serviços de cloud computing, Portugal ainda está um pouco abaixo da média europeia, apresentando 29% face aos 36%. E na utilização de comunicações digitais, a média de Portugal é de 50% contra os 53% da UE, onde se incluem as redes sociais, sites de partilha de conteúdo multimédia, bloques ou microblogues, ferramentas de partilha de conhecimento baseadas em wikis.
Ainda no que diz respeito às empresas, Portugal estava abaixo da União Europeia na utilização das ferramentas e tecnologias, tais como IoT (13% contra 18%), Big Data (10% contra 13%), uso de chat para atender clientes (9% contra 12%).
Por outro lado, as empresas portuguesas tiveram menos problemas de cibersegurança em comparação com a Europa (8% contra 12% em dados de 2019). A Anacom frisa que 98% das empresas portuguesas tinham tomado alguma medida de cibersegurança, quando comparado com 93% na europa.
Na utilização de serviços e comunicações suportadas em internet, Portugal envia mais mensagens via instante messaging que a média europeia, com 70% em contraste com os 68% da UE. Já pagar pelo video on demand por streaming estamos alguns furos abaixo, com 26% contra 33%. Nas chamadas de voz e vídeo Portugal regista 55% e a UE 60%.
Aprofundando um pouco os hábitos dos portugueses, no que diz respeito às assimetrias na utilização de internet, em Portugal 39% utiliza para visualizar vídeos através de serviços de partilha face aos 57% da UE. Também se utiliza menos internet banking (47% para 57%). Mas quem “manda” nas redes sociais são os portugueses, com 63%, numa média acima dos 56% da Europa. Também nos websites educativos, Portugal está acima da média europeia (15%) com 24% de acessos e na utilização de material de aprendizagem também: 27% contra 19%.
Apesar de ter uma média inferior (35%) que a UE (53%) nas compras em comércio eletrónico, em Portugal tanto o número de encomendas como o gasto online aumentaram, aproximando-se da média europeia. E apenas 29% dos portugueses nunca fizeram compras online, catapultando Portugal para o quinto lugar com o valor mais alto. Já nas vendas, o país apresenta 9% contra os 19% da média europeia.
Felizmente Portugal tem menos problemas de cibersegurança que o resto da União Europeia, estando abaixo com 27% contra 39%. Em ambos os casos, o phishing e o pharming são os primeiros problemas registados.
Já relativamente aos preços, a Anacom diz que as telecomunicações em Portugal diminuíram 0,8% em maio de 2021, uma descida superior à UE que apenas desceu 0,1% no que diz respeito à taxa de variação média dos últimos 12 meses. Mas fazendo um balanço entre final de 2009 e maio de 2021, os preços em Portugal aumentaram 8,1% e na União Europeia diminuíram 9,7%.
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