Se 2023 foi o ano da descoberta e 2024 o da implementação, 2025 ficará na história como o ano em que a Inteligência Artificial se tornou omnipresente "nos bastidores" da Internet. O relatório "Year in Review" da Cloudflare, que analisa o tráfego global da rede, mostra que a dependência digital nunca foi tão alta, nem os riscos tão elevados.
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A análise da empresa que gere uma fatia considerável do tráfego web mundial destaca três grandes pilares que definiram os últimos 12 meses: a consolidação da IA generativa, a reordenação das redes sociais e um aumento brutal na escala dos ataques DDoS.
O dado mais impressionante do relatório prende-se com o volume de tráfego gerado por e para serviços de IA. A categoria de "AI & Machine Learning" foi a que registou o crescimento mais rápido pelo terceiro ano consecutivo, e não estamos a falar de humanos a conversarem com chatbots.
Em 2025, grande parte do tráfego foi de "máquina-para-máquina", ou seja, agentes de IA a comunicarem entre si, APIs a serem chamadas milhões de vezes por segundo e a geração de vídeo em tempo real a consumir largura de banda a níveis recorde. A OpenAI (com o ChatGPT) mantém-se no topo, mas vê a concorrência de modelos open source e soluções empresariais a ganhar terreno significativo nas tabelas de tráfego.
No que toca às redes sociais, o TikTok manteve a sua liderança no consumo de dados, provando a sua resiliência a pressões regulatórias em várias geografias. No entanto, o relatório nota uma fragmentação interessante no tráfego de texto/microblogging, onde o X (antigo Twitter) continua relevante, mas foi sentida uma migração de tráfego sustentada para alternativas descentralizadas e para o Threads, criando um ecossistema social mais disperso.
A má notícia chega, previsivelmente, no campo da segurança, com a Cloudflare a reportar que em 2025 assistimos aos maiores ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS) da história. A ironia é que a mesma tecnologia que impulsiona a inovação é a responsável pela criação de ferramentas como botnets alimentados por IA que conseguem imitar eficazmente o comportamento humano, tornando a distinção entre um utilizador real e um ataque malicioso mais difícil do que nunca.
Para finalizar, o relatório confirma que a Google se mantém enquanto serviço de internet mais utilizado, continuando à frente do Facebook, Apple e Microsoft. A nível de acesso de dispositivos móveis, o Android continua dominante com 65% do total de tráfego de dados. E, por falar em tráfego de dados, a Cloudflare reconhece que a rede Starlink de Elon Musk tem sido essencial para o aumento expressivo no tráfego proveniente de zonas rurais e em países em desenvolvimento.
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