Hoje, nas 12 rondas do 156º dia da fase principal do leilão do 5G, as licitações atingiram os 353,587 milhões de euros. O valor corresponde a uma subida de 743 mil euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 437,938 milhões de euros.
Os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom permitem verificar que, em linha com a tendência que se tem vindo a registar nos últimos meses, as únicas mudanças ocorrem na faixa dos 3,6 GHz. Na categoria J desta faixa nativa do 5G constatam-se hoje aumentos de 1% em relação a dois lotes e ainda de 2% no que toca a cinco lotes.
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Face ao preço de reserva, seis dos lotes da categoria J estão perto de atingir uma valorização de 400%. Nove dos lotes atingiram esta marca e os restantes já a ultrapassam, destacando-se os lotes J12, J16, J17, J18 e J19, cuja valorização se encontra nos 407%. Recorde-se que, até agora, só um outro lote a concurso, o E1 da faixa dos 2,1 GHz, valorizou mais em percentagem, subindo 431% e valendo 10,6 milhões de euros.
O "braço de ferro" entre Anacom e operadores continua. Anteriormente, o Governo, que parece estar de "mãos atadas" a observar o desenrolar da "novela", mas já demonstrou começar a perder a paciência com a demora do processo e avisou que os prazos são para ser cumpridos.
A Altice Portugal reagiu à decisão da entidade reguladora de introdução de uma nova alteração ao regulamento do procedimento indicando que recusa e que se opõe “veementemente à alteração que a Anacom se propõe introduzir no Regulamento 5G e entende que devem manter-se as regras que têm vindo a ser seguidas por todos os licitantes”.
A dona da Meo pondera todos os cenários relativos ao acionamento de meios legais para impedir a alteração do regulamento do procedimento. A operadora de telecomunicações afirma que “pior que errar é insistir no erro”, reforçando que desde o início o processo tem sido completamente errático e “lamentável”.
A Altice acusa o regulador ter perdido milhares de milhões de euros na captação de novos investidores e mais investimentos de empresas já instaladas. “Urge que a culpa e responsabilidade sejam assumidas e assacadas. Chega de tanta irresponsabilidade e impunidade”.
Para a empresa, a nova iniciativa do regulador não é mais que “um episódio que evidencia à sociedade o que tem sido o comportamento insensível e demonstrativo de grande incapacidade da Anacom na condução de todo este processo”. A empresa defende que a Anacom não está, nem esteve, à altura das exigências do processo do leilão do 5G, mas também do sector das telecomunicações e da economia do país.
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