No relatório mensal da Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (Apritel), referente a junho, foi feito um balanço sobre as médias de preços das comunicações que são praticados na Europa. Estes são baseados em dados da EUROSTAT, o barómetro utilizado pela associação para demonstrar como a “competitividade do setor nacional sai reforçada” com a diminuição de preços para os clientes.
A associação diz que o índice de preços do IHPC de Portugal teve uma redução de 0,7%, quando a média da União Europeia 27 desceu apenas 0,3%. Mas este mês de junho, o destaque vai para a descida dos preços dos serviços de internet fixa, que caíram 4,7%, sendo a segunda maior descida da União Europeia.
Apenas a Grécia está à frente de Portugal, com uma queda de preços de 6,3%. A fechar o pódio encontra-se a Dinamarca com menos 4,6%. Do outro lado do espectro, a França foi a que registou o maior aumento, de 6,2%, seguindo-se a Áustria com 3,1% e a Hungria com 3%.
Nos serviços em pacote (em bundle), que são os preferidos dos portugueses com 88% de adesão nacional, Portugal mantém o quinto lugar dos países que desceram os preços, com menos 1,8%. Ainda assim, registou uma quebra menor que o mês anterior que foi de 2%. Neste mês de junho, ficaram à frente de Portugal a Grécia e o Chipre, que continuam a liderar, havendo apenas uma troca de posição entre a Espanha, que passa a terceiro, e a Áustria que é agora o quarto país na lista.
A APRITEL destaca ainda que os dados comparativos de evolução de preços suportados no IHPC (Índice harmonizado de preços no consumidor) do EUROSTAT não podem ser utilizados para comparar níveis de preços entre países, mas apenas a evolução dos mesmos. Este é, aliás, o ponto de discórdia com a Anacom, que continua a considerar Portugal como um dos países com o preço dos dados móveis mais elevados da Europa.
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