Depois da Microsoft e do Twitter, a Oracle junta-se agora à corrida pela compra do TikTok. Ao que tudo indica, a tecnológica já entrou em discussões preliminares com a chinesa ByteDance e com investidores norte-americanos da empresa para passar a deter as suas operações nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Ao Financial Times, uma fonte envolvida na matéria indicou que a entrada da Oracle como nova concorrente surge como uma alternativa credível à oferta da Microsoft. Crê-se agora que a gigante de Redmond tem intensões de comprar as operações internacionais da ByteDance, em especial na Europa e na Índia, onde o TikTok foi banido pelo Governo por motivos de segurança nacional.
Avaliada num valor que ronda os 166 mil milhões de dólares, a Oracle apresenta-se como uma das empresas que conseguiria pagar o avultado preço do TikTok, estimado entre os 20 e os 50 mil milhões de dólares. Há também outro fator que pode cair nas boas graças de Donald Trump: Larry Ellison, cofundador e CEO da empresa, é apoiante do atual presidente norte-americano.
A entrada da Oracle surge dias após Donald Trump ter assinado uma nova ordem executiva que estabelece que o TikTok passa a ter um prazo de 90 dias para ser vendido. Caso não seja comprado até 12 de novembro, a aplicação será banida nos Estados Unidos.
A nova ordem sublinha que, independentemente do cenário final, a ByteDance terá de destruir todos os dados de utilizadores norte-americanos que recolheu através do TikTok e apresentar um relatório detalhado ao Comité de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos assim que os tiver eliminado. A empresa deverá fazer o mesmo às informações da Musical.ly que comprou em 2017.
O contra ataque da ByteDance
Dias depois de Donald Trump ter assinado a primeira ordem executiva a 6 de agosto, a ByteDance deu a entender que se estava a preparar para apresentar um processo contra o Governo dos Estados Unidos, alegando que a proibição decretada é inconstitucional. A empresa alega ainda que a justificação de que o TikTok é uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos é infundada.
Perante a possível proibição, a empresa optou por tomar uma estratégia pouco convencional: apostar na contratação em massa de novos colaboradores para os escritórios norte-americanos, em especial, para áreas que poderão ser úteis numa futura batalha contra o Executivo de Donald Trump.
O número de postos de trabalho abertos para os escritórios em Nova Iorque, Los Angeles e na Califórnia registaram um aumento de 3,5% nas últimas semanas, totalizando 357, revela uma análise do Business Insider.
Muitas das ofertas de emprego relacionam-se com postos no departamento de segurança e confiança da empresa cuja missão é provar que o TikTok não está a recolher dados ou a tratá-los de forma diferente de outras redes sociais e que a aplicação não envia informações privadas para a China.
Recorde-se que, recentemente, os trabalhadores norte-americanos da empresa decidiram preparar uma ação judicial contra o Governo pela medida imposta. Patrick Ryan, um diretor técnico de programação da TikTok, iniciou uma campanha de crowdfunding na plataforma GoFundMe com o objetivo de reunir 30 mil dólares (5.000 dos quais do seu próprio bolso) para pagar as despesas judiciais e o advogado na ação judicial.
Apesar da decisão do Governo de Donald Trump, a empresa espera contratar mais 10 mil funcionários nos Estados Unidos ao longo dos próximos três anos. Além disso, foi criado um novo website que presta esclarecimentos, na tentativa de afastar quaisquer dúvidas sobre a possibilidade de ser uma ameaça para a segurança nacional.
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