Em junho, Donald Trump assinou uma ordem executiva com o objetivo de suspender temporariamente os vistos de trabalho de quase 525 mil trabalhadores estrangeiros. A Amazon, a Apple, o Facebook e o Twitter opõem-se agora em tribunal à medida que poderá ter um forte impacto negativo para as empresas tecnológicas americanas depois de já terem manifestado contra a suspensão.
Ao todo, o documento apresentado no Tribunal Distrital para o distrito da Califórnia do Norte reúne os apelos de 50 empresas tecnológicas, incluindo a Microsoft, a Intel, a HP, a Netflix, a Adobe, o Reddit, a GitHub e o PayPal, assim como os de organizações e associações norte-americanas.
As empresas argumentam que, embora a Administração Trump afirme que a ordem executiva tem em vista a proteção dos trabalhadores norte-americanos, a suspensão do programa de vistos será prejudicial para todos os elementos que compõem a economia do país.
O documento detalha que a suspensão não defende os interesses dos Estados Unidos e poderá desacelerar o seu crescimento, prejudicando a inovação tecnológica e causando “danos irreparáveis” à economia norte-americana.
A ordem executiva estabelece que os imigrantes com os vistos H-2B, H-4, J-1, L-1 e H-1B estarão proibidos de entrar nos Estados Unidos até ao fim de 2020. Os vistos H-1B, em especial, são aplicados a pessoas altamente qualificadas e que são recrutadas, por exemplo, por empresas tecnológicas. As gigantes norte-americanas do sector dependem do recrutamento internacional para preencher as suas vagas.
Recorde-se que, logo após a assinatura da ordem, Tim Cook, CEO da Apple, defendeu no Twitter que a diversidade é essencial para manter viva a promessa do “sonho americano”, acrescentando ainda que a decisão de Donald Trump o deixou profundamente desapontado.
Já um porta-voz do Facebook indicou que a ordem executiva de Donald Trump quer “usar a pandemia de COVID-19 como justificação para limitar a imigração”. A empresa afirmou que a decisão de manter imigrantes altamente qualificadas fora dos Estados Unidos vai tornar ainda mais difícil o processo de recuperação do país. As pessoas em questão são um ponto central na aceleração da inovação, e o Facebook acredita que “isso é algo que deve ser encorajado e não restringido”.
Em declarações à imprensa internacional, um porta-voz da Amazon sublinhou também que o valor das pessoas altamente qualificadas que chegam de outros países é fundamental e limitar a entrada dos profissionais e impedir que contribuam para a recuperação económica do país vai colocar a competitividade norte-americana em risco.
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