De acordo com a revista Hurun, conhecida como "Forbes chinesa", a fortuna de Zhang ascende a 350 mil milhões de yuan (45,36 mil milhões de euros), o que faz dele o primeiro bilionário nascido na década de 1980 a chegar ao topo da lista, depois de ter subido quatro lugares, em relação à classificação de 2023.

A Hurun observou que a riqueza do empresário aumentou 105 mil milhões de yuan (13,6 mil milhões de euros), em relação ao ano anterior, um aumento de 43%, impulsionado pelo sucesso global das suas plataformas digitais, especialmente o TikTok.

Zhang, que fundou a ByteDance em 2012, transformou o setor do entretenimento e das redes sociais tanto na China como a nível internacional.

No entanto, o TikTok, a sua plataforma mais conhecida a nível mundial, enfrenta forte escrutínio nos Estados Unidos devido a alegações de danos para a saúde mental das crianças, violações da privacidade e riscos de segurança ligados à empresa-mãe chinesa, a ByteDance, e a possível influência do Governo chinês.

Musk, Zuckerberg ou Bezos: quem vai ser o primeiro “trilionário” entre os mais ricos do mundo?
Musk, Zuckerberg ou Bezos: quem vai ser o primeiro “trilionário” entre os mais ricos do mundo?
Ver artigo

O relatório da Hurun revelou que, apesar do crescimento da ByteDance, a lista geral reflete um cenário económico mais desafiador: apenas 1.094 empresários ultrapassaram os 5 mil milhões de yuan (648 milhões de euros) em riqueza pessoal, uma queda de 12%, em relação a 2023. A riqueza total dos empresários incluídos nesta lista diminuiu 10%, para 21 biliões de yuan (2,7 biliões de euros).

O "rei da água engarrafada", Zhong Shanshan, com uma fortuna de 340 mil milhões de yuan (44,07 mil milhões de euros), cedeu o primeiro degrau do pódio dos milionários chineses, depois de quatro anos no topo da lista.

Em terceiro lugar está Ma Huateng, fundador da empresa de videojogos e redes Tencent, com 315 mil milhões de yuan (40,8 mil milhões de euros), após um aumento de 13% da sua riqueza.

Huang Zheng, fundador da Pinduoduo, o gigante chinês do comércio eletrónico e operador da aplicação internacional Temu, caiu para o quarto lugar, com 245 mil milhões de yuan (31,75 mil milhões de euros), afetado por uma diminuição de 9% do seu património.

Entre os novos nomes, destaca-se a família do magnata do imobiliário Li Ka-shing, que entrou pela primeira vez no top 10 com 175 mil milhões de yuan (22,68 mil milhões de euros).

Lei Jun, fundador da tecnológica Xiaomi, aumentou a sua fortuna em 38%, atingindo 130 mil milhões de yuan (16,85 mil milhões de euros).

Por cidades, Pequim, Xangai e Shenzhen têm o maior número de empresários na lista, com 115, 112 e 108, respetivamente.