A aposta no mercado português é recente e Luis Vaello, o diretor regional da Binance, explicou ao SAPO TEK que a empresa não partilha dados por país ou região, mas que globalmente conta com "mais de 24 milhões de utilizadores em todo o mundo e, todos os dias, milhares de novos utilizadores entram no ecossistema da criptomoeda através da Binance".
O mercado está disponível em mais de 20 línguas, o que o responsável explica que facilita a utilização pelos clientes no idioma local e a principal vantagem que destaca é o volume de negociação. "A Binance é o maior exchange do mundo em termos de volume. O que isto significa é que os traders têm maior liquidez e uma maior escolha de criptomoedas disponível do que noutras plataformas.", afirma.
Numa altura em que o interesse pelas criptomoedas está a crescer, com a Bitcoin e a Ethereum a destacarem-se, há ainda muitos países que não têm legislação para esta área, o que acontece também em Portugal. Várias autoridades lançaram avisos sobre a utilização de criptomoedas, incluindo o Banco de Portugal que em fevereiro avisava para os riscos destes ativos virtuais, sublinhado que não são garantidos por nenhuma autoridade, mas nada impede a sua transação. Desde 23 de abril já é possível fazer o registo de entidades que exercem atividades com ativos virtuais em Portugal. Na Europa a proposta de regulamentação para criptoativos ainda está em discussão.
Todo o ecossistema de moedas digitais está a aumentar e a valorização das principais moedas continua a crescer, com grandes empresas a entrarem no "barco", como o Facebook. A Binance reconhece essa evolução positiva e tem vindo a reforçar a lista de produtos que disponibiliza, com serviços criptográficos reunidos num só site, o que torna mais fácil a compra e venda, com integração de transferências bancárias SEPA, P2P, Visa e Mastercard, entre outros serviços como a mineração de moeda.
Popularidade das moedas virtuais a crescer
Algumas plataformas de pagamentos e serviços bancários estão já a abrir portas à negociação de criptomoedas, como a Revolut, mas Luis Vaello não considera que sejam concorrentes da Binance. "Eles [Revolut] não têm criptomoedas reais e os seus utilizadores não podem sequer fazer levantamentos em criptomoeda – o que têm são CFDs, ou seja, representações de criptomoeda; não detêm o ativo real", explica.
A tendência de crescimento das criptomoedas na Europe não é diferente daquela a que se assiste no resto do mundo. A Bitcoin é a moeda mais popular, detida pela maioria dos utilizadores, e notícias como a do recente investimento da Tesla estão a aumentar o interesse, fazendo com que a Bitcoin atinja valores recorde de valorização.
"A Tesla já tinha comprado Bitcoin no passado, pelo que cremos que a atual reação do mercado não tem diretamente a ver com as compras de Bitcoin por parte da Tesla, mas sim pelo crescente apelo da Bitcoin no retalho", afirma em entrevista ao SAPO TEK. "Esta notícia ilustra bem como empresas não ligadas às criptomoedas (é o caso da Square, da MicroStrategy e da Tesla, por exemplo) têm procurado alocar parte da sua tesouraria em novos ativos, tais como Bitcoin, de forma a diversificar mais a sua alocação de ativos. Desde que a Bitcoin atingiu novos recordes de valorização, entrou novamente, numa fase de “price discovery” e irá certamente tentar encontrar novos níveis de resistência e suporte", defende.
A segurança continua a ser uma grande dúvida de quem considera investir em criptomoedas, e Luis Vaello admite que "as dúvidas são algo sempre presente num novo ecossistema como este, uma vez que há novos utilizadores todos os dias". Mesmo assim garante que "a Binance trabalha muito no sentido de oferecer a melhor informação sobre cripto aos seus utilizadores, através da Binance Academy (um recurso gratuito), que está disponível em 15 idiomas, entre eles o português".
"A Binance olha para o tema da segurança como uma das suas mais importante prioridades e aspetos da plataforma, uma vez que a confiança dos utilizadores se reflete diretamente na segurança das suas participações", sublinha ainda o diretor regional da empresa, defendendo que "todas as pessoas envolvidas no setor da criptomoeda deverão tomar sempre precauções adequadas e assegurar-se de que se informam sobre quaisquer criptomoedas que pretendam adquirir".
A plataforma tem ainda um fundo, criado há dois anos, o SAFU (iniciais de “Secure Asset Fund for Users”) que pretende cobrir quaisquer perdas caso a plataforma seja eventualmente alvo de um ciberataque. "A empresa aloca parte dos seus lucros trimestrais a este fundo", afirma Luis Vaello.
Nota da Redação: Foi feita uma correção no cargo do Luis Vaello, que é Diretor Regional da Binance. Última atualização 3/4/2021 às 18h30
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