
O Governo dos Estados Unidos não vai dar seguimento às leis das restrições impostas às exportações de semicondutores de IA produzidos pelas empresas dos Estados Unidos. A nova lei foi apresentada nos últimos dias da administração do presidente cessante Joe Biden, numa regulamentação que visava reforçar o domínio do país na área da IA, estabelecendo controlos rigorosos na circulação de chips e desenvolvimento global da tecnologia. Esta impõe limites ao número de chips de IA que podem ser exportados para a maioria dos países.
A regulamentação estava prevista entrar em vigor 120 dias após a publicação, ou seja, para o próximo dia 15 de maio. Empresas como a Nvidia opuseram-se às regras, pressionando o Governo para as anular. Segundo avança a Bloomberg, Donald Trump não pretende consolidar essa lei. Ainda não existe uma posição oficial, algo que deverá acontecer esta quinta-feira, mas a agência obteve a informação de fontes próximas ao Governo.
Isso não significa que seja o fim das restrições às exportações dos chips. A administração Trump pretende criar a sua própria versão das regras e focar-se em negociações diretas com nações como a os Emiratos Árabes Unidos e a Arábia Saudita, que o presidente dos Estados Unidos vai visitar em breve. A questão em debate foca-se em como regular a exportação dos semicondutores para a China sem afetar os restantes países. De recordar que as leis propostas por Biden levantaram preocupações na União Europeia.
“As regras de Biden eram largamente complexas, burocráticas e podia bloquear a inovação americana”, apontou um porta-voz do Departamento de Comércio, Indústria e Segurança dos Estados Unidos, citado pela Bloomberg. O objetivo é substitui-la por uma lei mais simples que garanta a inovação e domínio da tecnologia pelos Estados Unidos.
A notícia foi bem-recebida em Wall Street, aumentando o valor das ações das fabricantes de chips, como a Nvidia que viu o seu valor aumentar 3,1%.
A administração de Trump pretende impor restrições aos países que estejam a desviar chips para a China, onde se incluem a Malásia e Tailândia, segundo fontes ligadas ao assunto. No entanto, as atuais leis gerais relativas à exportação de chips são para manter. Em abril, os Estados Unidos passaram a exigir uma licença de exportação dos processadores H20 da Nvidia, aumentando pressão à empresa de Jensen Huang. A medida terá custado 5,5 mil milhões de dólares à empresa.
Ainda assim, a Nvidia manifestou-se a favor da nova direção nas restrições das leis da IA, mais propriamente sobre as regras impostas por Biden. “Com a regra AI Diffusion revogada, a América vai ter uma oportunidade única nesta geração de liderar a próxima revolução industrial e criar empregos bem remunerados nos Estados Unidos, construir uma nova infraestrutura de fornecimento e aliviar o défice no mercado”, referiu a empresa em comunicado citado pela Bloomberg.
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