O SAPO TEK já conheceu pessoalmente o TUGA, o veículo citadino, composto por um chassis de três rodas, nas suas instalações em Cascais. A TUGA Innovations continua a trabalhar no seu segundo protótipo, mas os planos para o veículo parecem ser “ilimitados”. Na fase de conceção, a ideia era transformar num veículo modelar, com versões descapotáveis, comercial de mercadorias ou num motociclo convencional.

A empresa procura responder às necessidades de transporte em cenários com elevada congestão de trânsito, assim como a possibilidade de transporte ou entregas de última milha. O objetivo é oferecer um serviço de mobilidade como serviço (MaaS), dentro daquilo que é a sua filosofia “The Speed of Time”, ou seja, ajudar os seus clientes a poupar tempo nas deslocações.

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A recente parceria com a Faction garante ao TUGA uma plataforma de condução autónoma, para o tornar mais útil e eficaz nas operações citadinas. A solução pretende ser mais eficaz e com menos custos do que outras empresas como a Waymo estão a utilizar. O veículo integrará um sistema de autonomia de nível 4. Este vai permitir navegar, realinhar a rota, estacionar e reposicionar-se sem input humano. “O centro de controlo transforma-se num hub de produtividade, lounge de entretenimento ou simplesmente uma bolha silenciosa entre as reuniões”.

Veja na galeria imagens conceptuais do TUGA:

Recentemente, a TUGA Innovations partilhou na sua página do LinkedIn uma atualização onde destaca a experiência no interior do cockpit do veículo. A empresa salienta as emoções de quem se senta dentro do veículo: “esta não é apenas uma cabine. É uma experiência controlável, projetada com intenção”.

A cabine foi desenhada para ser utilizada em densas cidades, sendo esta selada com filtros de ambiente para garantir uma viagem limpa, sossegada e confortável, seja no meio do trânsito ou a viajar por zonas de elevadas emissões de carbono.

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A inteligência artificial tem um papel na experiência, fazendo previsões daquilo que pode encontrar pela frente e com capacidade de comportamento adaptativo. Os elementos de realidade aumentada destacam a informação, melhorando a perceção espacial. E a interface por comandos de voz garantem respostas ao que necessitar durante a viagem. É por isso que a TUGA Innovations salientar que a cabine do TUGA corresponde ao que “o MaaS deve ser nas cidades inteligentes de amanhã, mais pessoal, inteligente e à frente do seu tempo”.

Apesar de não ter apresentado planos concretos para uma versão eVTOL, a empresa parece não descartar uma adaptação do TUGA aos sistemas aéreos. A empresa salienta que o futuro não é apenas elétrico, é adaptável e que o MaaS deve ser inspirador. “Mas para a versão aérea, o capot tem de ser fechado. Nós tentámos”, refere como teasing de uma possível versão aérea.

Veja o vídeo:

Muitas das ideias ainda estão no plano conceptual, mas o primeiro protótipo exposto na sua sede em Cascais lembra o percurso que o projeto tem feito, do design ao modelo funcional. A TUGA Innovations procura desviar-se das tendências e tentar ler e antecipar-se ao que está para chegar, construindo soluções “que pertencem não a hoje, mas para o futuro”. E assume a missão de redefinir a mobilidade urbana através da inovação, inteligência e design arrojado.