Em janeiro deste ano a Microsoft anunciou que queria comprar a Activision Blizzard por 68,7 mil milhões de dólares. A concretizar-se, esta será uma das maiores aquisições do mundo da tecnologia, no entanto, o negócio, que está a ser escrutinado por reguladores, está também envolvo em polémica e a conhecida editora de videojogos enfrenta agora um novo processo judicial.
O processo judicial foi submetido por um conjunto de grupos nova iorquinos que detêm ações da Activision. Em questão está o negócio com a Microsoft, com os grupos a alegarem que Bobby Kotick, CEO da Activision, “apressou” o acordo para tentar escapar aos escândalos de assédio sexual e de descriminação, que levaram a uma queda das ações da editora na bolsa.
Os grupos defendem que, devido à sua conduta relativamente às situações de assédio e descriminação na editoria, Bobby Kotick não estava em condições para negociar a venda da empresa e que o negócio ofereceu ao CEO e aos membros do conselho de administração uma forma de escapar às suas responsabilidades.
A cidade de Nova Iorque já exigiu à Activision Blizzard que envie um vasto conjunto de documentos, incluindo documentação relativa ao negócio com a Microsoft, avança o website Axios. Anteriormente a cidade tinha pressionado a empresa para enviar documentos internos, com o objetivo de perceber o que Bobby Kotick sabia realmente acerca dos casos de assédio e discriminação na empresa.
Recorde-se a polémica “estalou” em julho de 2021, quando o Department of Fair Employment da Califórnia submeteu um processo judicial contra a Activision Blizzard. Em novembro desse ano, uma investigação detalhou que Bobby Kotick conhecimento das situações que se estavam a passar, mas optou por escondê-las e por proteger os culpados, tendo ele mesmo tido uma conduta imprópria em relação a funcionárias da editora.
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