O Governo chinês tem vindo a apertar o acesso dos videojogos a menores, tendo imposto leis pesadas no que diz respeito ao seu consumo por menores de 18 anos. As novas regras proíbem os jogadores menores a jogarem mais que três horas por semana, ou melhor, uma hora na sexta, sábado e domingo, sendo os restantes dias proibido.

As novas leis têm mexido com a indústria em geral do gaming da China, levando à queda do valor das ações de algumas editoras, como as gigantes como a NetEase e a Tencent que tiveram baixas assinaláveis.

Mas as empresas preferem não arriscar e têm cumprido com a decisão do Governo. Cerca de 200 empresas ligadas ao gaming comprometeram-se a ajudar a regular a indústria para combater o vício dos videojogos entre os jovens. Entre as medidas poderá ser mesmo possível a utilização de reconhecimento facial nas autenticações para identificar os jogadores menores de idade, é referido por uma associação, segundo a Reuters.

A declaração publicada pela associação de gaming CGIGC, que é afiliada do regulador da distribuição de videojogos, a NPPA (National Press and Publication) foi assinada por 213 empresas, onde se incluem as gigantes Tencent e a NetEase.

A indústria do gaming teme que o Governo reforce as suas ações contra o sector, preferindo tomar decisões antes que lhes sejam impostas. No seu compromisso está também a eliminação de conteúdo que destorça a História ou promova comportamentos “efeminados”, refere a agência noticiosa. Além disso, as empresas devem trabalhar para prevenir as quebras das regras, incluindo o uso de plataformas de jogos externas.

FIFA 21, Super Mario Maker 2 e mais de 80 jogos removidos da plataforma chinesa JD.com devido a novas regras
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Recentemente, a JD.com, a segunda maior plataforma de e-commerce da China deixou de vender 86 jogos devido às novas regras. Títulos populares como FIFA 21, The Last of Us 2 e até Super Mario Maker 2 foram retirados do catálogo.

Para controlar que as regras sejam cumpridas, as plataformas têm de registar os jogos e o respetivo acesso, com a identificação dos utilizadores, procurando assim barrar os menores fora do período autorizado. E como alguns jogos não podem ser registados oficialmente no sistema da empresa, torna-se difícil de controlar quem joga em offline, por exemplo.