Na guerra pela supremacia do mundo dos browsers há muito mais a considerar do que só a velocidade e a duração da bateria. O Chrome da Google continua a dominar em termos de utilização, mas a mudança do Edge para Chromium veio trazer novos argumentos à Microsoft, e a verdade é que com as últimas atualizações as novas versões dos navegadores web apresentam resultados de desempenho muito semelhantes, como nota a AnandTech na análise que hoje publica.

Mesmo assim o Edge da Microsoft mostrou-se ligeiramente acima da concorrência, superando o Chrome e o Opera por uma pequena margem em todos os testes. As diferenças não eram enormes, mas são consistentes, destacando-se também o Mozilla Firefox que marcou algumas vitórias e quase obteve a mesma pontuação do HTML5.

Com os websites a tornarem-se cada vez mais complexos, o desempenho de script do navegador continua a ser extremamente importante e na análise o site usou vários testes de script baseados na web. O Speedometer 2.0 foi um dos usados, mas também outros benchmarks mais antigos foram a teste.

Mais importante é porém a análise de desempenho com o HTML 5, consoante as especificações usadas, WebGL e IndexedDB / Web SQL. Aqui o Chrome e o Edge empatam, o que significa que, em teoria, os dois navegadores são compatíveis com mais sites, embora depois na prática isso possa não acontecer.

Melhor resultado em uso de bateria

A forma como os browsers gastam energia é cada vez mais importante, até porque muita da atividade de navegação web é feita em portáteis e em smartphones, e a bateria é um recurso crítico. No teste foi usado um  Surface Laptop 3 de 15 polegadas, com o brilho ajustado em 200 nits, e cada browser foi executado com uma carga de trabalho bastante exigente até gastar a bateria, repetindo-se o teste para garantir que não havia resultados anômalos.

Segundo a AnandTech, todos os navegadores foram testados pelo menos duas vezes, com exceção do Internet Explorer 11, que não foi testado.

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Neste benchmark o Microsoft Edge renovado superou o Google Chrome, com uma melhor utilização de energia, durando 529 minutos contra os 512 mantidos pelo software da Google em atividades pesadas. Mas, surpreendentemente, o novo Edge ficou atrás do seu antecessor, o Edge clássico. O browser abandonado pela Microsoft manteve o computador ligado durante 614 minutos em tarefas mais pesadas, mesmo com erros ou problemas durante os testes. Em pior situação na lista está o Firefox, que teve o pior desempenho nesta área, gastando a bateria em apenas 471 minutos.

É natural que a Microsoft tenha optimizado o Edge para funcionar de forma mais fluida no Windows 1o, integrando todo o ecossistema, mas este resultado resulta também do facto do novo browser ter uma versão mais "limpa" do Chromium do que o próprio browser da Google, tendo sido eliminados alguns recursos nativos e por isso acelerando o desempenho. E aqui há que esperar ainda melhorias. O Chromium Edge esteve algum tempo nas versões alfa e beta e a nova versão foi lançada no início deste ano, chegando aos PCs através da atualização automática do Windows 10 em junho, pelo que pode existir ainda espaço para upgrades.
Clique nas imagens e veja nesta galeria algumas das principais funcionalidades da renovada versão do browser da Microsoft