No início de outubro, Frances Haugen, que trabalhou para o Facebook até maio de 2021, deu a cara no programa 60 Minutos para revelar ao mundo que a empresa de Mark Zuckerberg optou várias vezes por dar prioridade aos seus interesses e lucros, escondendo que as suas plataformas são prejudiciais para os menores, fomentam a divisão social e minam a democracia.
Agora, um grupo de 59 organizações britânicas de proteção dos direitos das crianças, liderada pela National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC) apela a Mark Zuckerberg para que seja publicada uma análise dos riscos das redes sociais da empresa para os mais novos. Em Portugal, as organizações MiudosSegurosNa.Net e pela AjudAjudar juntaram-se à causa, subscrevendo a carta dirigida ao CEO do Facebook.
A carta dirigida ao responsável do Facebook indica que a empresa tem de melhorar significativamente a sua atuação, de modo a recuperar a confiança dos pais e dos profissionais especializados na proteção de crianças. As organizações defendem que o Facebook tem de assegurar que as decisões que toma em relação aos seus produtos contribuem para a segurança e bem-estar das crianças.
Além de partilhar dados acerca dos riscos das redes sociais da empresa para os mais novos, a carta apela a que a empresa de Mark Zuckerberg deixe bem claro que tipo de investigação é realizada acerca da forma como as suas redes sociais contribuem para situações de abuso sexual de menores.
As organizações querem também que o Facebook publique avaliações de risco sobre como as suas plataformas afetam as crianças, assim como fazer uma revisão das implicações que a tecnologia de encriptação ponta-a-ponta pode ter nas medidas de proteção de crianças.
Em declarações ao jornal The Guardian, um porta-voz do Facebook indicou que a empresa está “empenhada em manter a segurança dos jovens” que usam as suas plataformas e que investiu 13 mil milhões de dólares no desenvolvimento de ferramentas para esse propósito.
“Temos partilhado mais informação com investigadores e membros da comunidade académica do que qualquer outra plataforma e encontraremos formas de permitir que investigadores externos tenham um maior acesso aos nossos dados de uma maneira que respeite a privacidade das pessoas”, defende.
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