A Neotalent apresenta esta quinta-feira uma nova plataforma de gestão de talento, que a empresa do grupo Novabase acredita vir “revolucionar a contratação no sector das Tecnologias de Informação”.
O DTE (Digital Talent Ecosystem) é uma plataforma online para apoio à gestão de carreiras, oferta e recrutamento de profissionais de tecnologia, que recorre a tecnologias como Inteligência Artificial e Blockchain para pôr no terreno algumas das premissas que a empresa especializada em recrutamento e prestação de serviços TI destaca.
A inteligência artificial suporta as funcionalidades de recomendação disponíveis na DTE, enquanto a funcionalidade de certificação de dados curriculares que a plataforma também disponibiliza assenta em Blockchain.
A ambição, reconhece-se, é criar a partir daqui um ecossistema que ligue os diferentes atores envolvidos nestes processos, desde profissionais, recrutadores, empregadores e empresas fornecedoras de talento, passando por entidades de ensino e formação.
Como exemplifica a empresa, para profissionais, a plataforma disponibiliza recursos para a gestão de carreira. Para recrutadores e gestores de talento tem instrumentos de apoio ao recrutamento, seleção e gestão de equipas, enquanto para empresas é uma via de acesso, validação e gestão de talento.
Como explica ao SAPO TeK Paulo Ribeiro de Almeida, Head of Innovation & Transformation na Neotalent, detalhando um pouco mais os recursos da plataforma para profissionais, o DTE permitir-lhes-á “manter atualizado e certificar o seu percurso profissional, contactar um Career Advisor, que pode apoiar e aconselhar no seu percurso profissional, e explorar as recomendações de projetos, formações e próximos passos de carreira”.
O responsável acrescenta também que, por esta via, os profissionais podem conhecer-se um pouco melhor, respondendo a um conjunto de jogos e quizzes, feitos a pensar em profissionais TI. “Quanto mais completo e detalhado for o percurso profissional registado no DTE, melhores serão as recomendações feitas pela plataforma e o apoio disponibilizado no desenvolvimento da carreira”, sublinha.
A tecnologia tem o papel de potenciar uma melhor experiência para os diferentes agentes envolvidos no ecossistema, garante a Neotalent, mas tem também um papel fundamental para aferir os dados que podem ajudar numa seleção mais certeira de candidatos.
Os testes que os profissionais podem fazer na plataforma (Computerized Adaptative Tests), por exemplo, permitem tirar conclusões mensuráveis sobre as competências técnicas de cada profissional, mas também aferir aptidões, personalidade, perfil de equipas e interesses. Estes e outros dados, vão ser trabalhados com IA, para alimentar o sistema de recomendações da plataforma, que pode sugerir candidatos individualmente ou em grupo, com o melhor perfil para estarem juntos num mesmo projeto.
A expectativa inicial da empresa, que está a assinalar 25 anos de existência, “é de uma adesão acima de 70% nas nossas equipas e nos nossos novos candidatos em Portugal” à plataforma. Num futuro próximo, Paulo Almeida admite que há planos para “expandir para Espanha assim como para desenvolver novas funcionalidades para as organizações que procuram talento junto da Neotalent”.
A médio prazo, pretende-se “abrir o ecossistema a outros tipos de entidades intervenientes no mercado de talento como universidades e empresas de formação”. O ritmo de expansão vai depender da adesão e do feedback obtido. Para profissionais, o DTE fica desde já acessível de forma livre e gratuita.
O DTE nasceu no âmbito de um projeto de inovação da Neolalent financiado pelo Portugal 2020, e também envolveu o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e o Instituto Pedro Nunes (IPN). Segundo o prospeto, o projeto custou 1,1 milhões de euros, dos quais 520 mil foram financiados.
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