
A rede social X voltou a ser notícia após ter sofrido várias interrupções que afetaram utilizadores em todo o mundo. Elon Musk atribuiu as disrupções a um "ataque cibernético massivo", sugerindo o envolvimento de um "grupo coordenado ou de um país", devido aos significativos recursos utilizados.
No entanto, o ataque foi reivindicado pelo grupo Dark Storm. Como avança a Check Point Research, o grupo pró-Palestina especializado em ataques DDoS (Distributed Denial of Service), reapareceu após um período de inatividade, na sequência da desativação do seu canal no Telegram.
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Entre os principais alvos do grupo estão entidades ocidentais, incluindo organizações nos Estados Unidos, Ucrânia, Emirados Árabes Unidos e Israel. No último mês, lançaram ataques bem-sucedidos contra infraestruturas críticas, incluindo aeroportos (como o LAX nos EUA), o Porto de Haifa em Israel e o Ministério da Defesa dos Emirados Árabes Unidos.
Como explica Oded Vanunu, Chief Technologist, WEB 3.0 & Head of Product Vulnerability da Check Point Software, o grupo "reivindicou o ataque ao X, em linha com o seu objetivo mais amplo de desestabilizar plataformas digitais e infraestruturas proeminentes".
Na visão de Oded Vanunu, o caso "destaca a necessidade essencial de protocolos robustos de cibersegurança para plataformas de redes sociais, que desempenham um papel crucial na comunicação global". Só em fevereiro, as organizações nos Estados Unidos enfrentaram, em média, 1.323 ataques cibernéticos por semana, com o setor de Media & Entretenimento a ser o quarto mais visado, avança a Check Point.
O responsável realça que o ressurgimento do grupo "destaca a crescente ameaça cibernética contra plataformas online de grande escala e infraestruturas críticas".
"Para os utilizadores, isto pode significar interrupções de serviço, tempos de inatividade e acesso limitado a websites e aplicações essenciais. Enquanto as empresas trabalham para mitigar estes ataques, os utilizadores podem enfrentar atrasos, erros ou falhas nas plataformas afetadas", indica Oded Vanunu, citado em comunicado.
Para empresas e organizações, casos como este reforçam "a necessidade de defesas de cibersegurança mais robustas, especialmente contra ataques DDoS, que podem paralisar serviços online". "À medida que estas ameaças evoluem, tanto utilizadores como empresas devem manter-se informados, garantir canais de comunicação alternativos e estar preparados para possíveis disrupções futuras", realça.
A Check Point realça que os ataques cibernéticos estão no seu pico, como revelado no seu mais recente relatório de Segurança. Tendo por base dados cibernéticos de 170 países, o relatório regista um aumento alarmante de 44% nos ataques em comparação com o ano anterior.
O relatório indica também que os Estados-nação estão a transitar para campanhas crónicas com o objetivo de minar a confiança e desestabilizar sistemas.
Em Portugal, as organizações registaram, em média, nos últimos 6 meses, 2.082 ataques cibernéticos por semana, com o setor de Educação a ser o mais afetado. Segue-se o setor de Media & Entretenimento, em conjunto com o das comunicações.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 12h00)
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