Em março, a OpenAI lançou a mais recente geração do seu modelo de Inteligência Artificial. Nesse mesmo mês, uma carta aberta com mais de mil signatários apelou aos laboratórios especializados em IA que parem o treino de sistemas que sejam mais poderosos do que o GPT-4. Agora, Sam Altman, CEO da OpenAI, confirma que a empresa não está, para já, a treinar a próxima versão do modelo de IA.
Quando questionado durante um painel no evento The Future of Business with AI, organizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), o responsável realçou a sua posição em relação à carta aberta. Para Sam Altman, está em falta a maioria dos detalhes técnicos sobre as áreas onde os laboratórios especializados em IA precisam de fazer uma pausa, avança o website The Verge.
O responsável aludiu também a uma versão anterior da carta aberta, que alegava que a OpenAI já estava a treinar o GPT-5. “Não estamos e não o faremos durante algum tempo”, enfatizou. Neste momento, a empresa está mais ocupada a melhorar as capacidades do GPT-4, sobretudo, no que respeita a questões de segurança.
Recorde-se que a carta aberta conta com assinaturas de figuras como Elon Musk; Steve Wozniak, cofundador da Apple; ou Evan Sharp, cofundador do Pinterest. A lista inclui vários nomes ligados à tecnologia e à comunidade científica, entre investigadores, académicos e professores, como Luís Moniz Pereira, professor emérito da Universidade Nova de Lisboa.
O documento defende que, apesar do seu potencial, os sistemas de IA também podem colocar a humanidade em risco, apontando para estudos feitos acerca deste tema.
“A IA avançada pode representar uma mudança profunda na história da vida na Terra, e deverá ser planeada e gerida com cuidado e recursos”, sublinha. Os signatários não pedem que se pause o desenvolvimento de sistemas de IA no geral, mas sim que se abrande o ritmo da corrida que está a acontecer.
Soluções que recorrem à tecnologia GPT, como o popular ChatGPT, estão também na "mira" de autoridades e reguladores. Depois de a autoridade italiana responsável pela proteção de dados ter bloqueado o ChatGPT no país enquanto investiga as práticas da OpenAI, o Conselho Europeu de Proteção de Dados criou um grupo dedicado à supervisão do chatbot.
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