No último sábado, 7 de outubro, Israel acordou com o rastro de destruição provocado pelos ataques-surpresa do Hamas a diferentes pontos do país. Esses ataques originaram mais de 1.200 mortos, juntando-se ainda a tomada de reféns de israelitas, sendo utilizadas escavadoras para derrubar as proteções de arame da fronteira de Gaza.
Os ataques mereceram resposta imediata de Israel, tendo realizado no domingo bombardeamentos no território na Faixa de Gaza, atingido mais de 500 alvos do grupo Hamas, a partir de caças, helicópteros, aviões e artilharia, naquela que chamou de operação “Espadas de Ferro”.
As imagens de satélite partilhadas pela Maxar Technologies mostram o nível de destruição em Gaza. As mais recentes imagens revelam edifícios em cinzas, na área residencial da cidade de Gaza referentes ao dia 10 de outubro. É possível ver a mesquita al Sousi destruída, assim como grande parte do distrito de Rimal, adianta a CNBC.
Veja na galeria imagens de satélite dos bombardeamentos a Gaza
É referido que Israel está a reunir centenas de milhares de soldados perto da fronteira de Gaza, à espera das ordens do governo liderado pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu para conduzir uma ofensiva terrestre em Gaza para anular qualquer capacidade militar do Hamas. O governo ordenou que se cortasse a eletricidade, comida, água e combustível ao território que tem uma população de cerca de 2,3 milhões de pessoas.
Seguindo-se aos ataques de 7 de outubro, a Cloudflare partilhou informações da forma como o tráfego de internet foi impactado, tanto em Israel como na Palestina. Poucas horas depois dos ataques, duas redes de sistemas autónomos na Faixa de Gaza ficaram offline. E no dia 9 de outubro registou-se falhas em outras duas redes. Este foi o resultado de ciberataques direcionados aos dois países. Foram registados 1,26 mil milhões de ataques DDoS.
A Cloudflare registou, em dados referentes ao dia 7, um aumento de tráfego de internet de 170% em Israel e 100% de crescimento na Palestina, quando comparado com a semana anterior aos ataques. Este aumento tem como explicação a necessidade da população consultar as atualizações noticiosas, a procura de mais informação do que se está a passar, usando as redes sociais e aplicações de mensagens.
Recorde-se que, no ciberespaço o conflito entre Israel e Hamas também tem vindo a ganhar dimensão, com um número crescente de grupos de hacktivistas a intervirem para defender interesses de ambos os lados do conflito.
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