Um novo relatório da equipa de Threat Intelligence da Malwarebytes revela que o número de ataques de ransomware continua a crescer, sobretudo em países como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido.
Só nestes quatro países registaram-se 1.900 ataques entre julho de 2022 e junho de 2023. Com 1.462 ataques durante este período, os Estados Unidos afirmam-se como o território mais afetado por esta ameaça, correspondendo a 43% do total de incidentes detectados pelos especialistas.
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Os investigadores detalham que 48 grupos de cibercriminosos atacaram os Estados Unidos durante o período em análise. Ao todo, o país registou um aumento de 75% no número de incidentes de ransomware registados.
Já o Reino Unido foi o segundo país mais afetado por esta ameaça, com perto de 200 ataques. Os especialistas identificaram 32 grupos responsáveis por ataques no Reino Unido, sendo que sete deles levaram a cabo mais de 10 incidentes.
Aliás, o número de grupos responsáveis por mais de um ataque por mês neste país aumentou significativamente, de apenas um em 2022 para oito em 2023.
No caso da França, a equipa da Malwarebytes indica que o número de incidentes quase duplicou nos últimos cinco meses, destacando-se sobretudo ataques que visavam o sector governamental.
Embora o grupo LockBit, que se acredita ter mais de 100 afiliados, se continue a destacar no mundo do Ransomware-as-a-service (RaaS), em particular, nos Estados Unidos, no relatório, os especialistas dão conta do crescimento do grupo de ransomware CL0P, conhecido por explorar vulnerabilidades zero-day para amplificar os seus ataques.
A equipa alerta que, se mais grupos começarem a adotar estratégias semelhantes à do CL0P, é muito provável que o problema do ransomware se agrave ainda mais, com os cibercriminosos a focarem as suas atenções em ataques mais agressivos, o que se pode traduzir num aumento significativo no número de vítimas.
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