A France Travail avisou em comunicado que podem estar em perigo de serem "divulgados ou explorados de maneira ilegal" os dados de "pessoas inscritas nos últimos 20 anos, bem como das inscritas como candidatas a emprego e que têm um perfil de candidato" nas respetivas páginas de internet.
Os dados expostos são de índole pessoal, mas não incluem códigos de acesso, nem informação bancária dos utilizadores do serviço, acrescentou-se no texto, onde também se pede aos utilizadores que "estejam vigilantes e atentos a qualquer pedido ou proposta que possa parecer fraudulenta".
O anúncio ocorre dois dias depois de vários serviços informáticos oficiais franceses terem sido atacados com "uma intensidade inédita" o que foi reivindicado por um grupo autodenominado Anonymous Sudan, apoiado pela Federação Russa e grupos islamitas, numa mensagem divulgada através da rede social Telegram.
O grupo de hackers explicou que entre os seus alvos estavam os ministérios da Cultura, da Saúde, da Economia e da Transição Ecológica, além dos da Aviação Civil, a direção interministerial de economia digital, o Instituto Geográfico Nacional e o gabinente do primeiro-ministro.
“Nesta fase, o impacto destes ataques foi reduzido para a maioria dos serviços e o acesso aos sites do Estado foi restaurado”, assegurou o gabinete do primeiro-ministro.
Antes dos Jogos Olímpicos de Paris, este Verão, as eleições europeias de 09 de junho serão “um desafio considerável e um alvo” para a manipulação estrangeira, avisou na passada semana o secretário-geral do Departamento de Defesa e Segurança Nacional, Stéphane Bouillon.
Este departamento, que reporta diretamente ao primeiro-ministro, deve organizar no dia 29 de março, para todos os partidos políticos franceses candidatos às eleições europeias, uma reunião para “aumentar a sensibilização para as chamadas ameaças híbridas”, a fim de enfrentar os riscos de “ciberataques, manipulação de informação e interferência estrangeira”.
O ministro francês das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, apelara, em 20 de fevereiro, ao reforço das medidas de segurança face às ameaças de "sabotagem e ciberataques" com origem na Rússia.
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