A Neuralink comemorou, no início de maio, os 100 dias desde que implantou um chip de interface cérebro-computador como teste. Apesar da experiência ter sido um sucesso, com o paciente a ganhar a capacidade de jogar xadrez e fazer outras atividades usando apenas a mente, nem tudo correu bem no projeto da empresa de Elon Musk. Numa nota no site, a companhia revela que, nas primeiras semanas após o implante, parte das ligações colocadas no cérebro retraíram-se, diminuindo o número de elétrodos a funcionar.
É exatamente essa questão que a Neuralink pretende corrigir no segundo implante que vai realizar em breve, depois da empresa ter garantido a autorização do regulador FDA para avançar, refere o The Wall Street Journal. A equipa vai colocar os fios que ligam o implante alguns milímetros mais fundo no cérebro para evitar que estes se retraiam.
Veja imagens do implante da Neuralink:
São 64 fios que ligam os 1.024 elétrodos, cada um mais fino que um cabelo humano, que serão agora fixos mais firmes para se manterem fixos e evitar que o paciente perca das capacidades propostas pela tecnologia. A cirurgia está marcada para junho e se tudo correr como o previsto tem um total de 10 implantes previstos ainda para este ano.
De recordar que para responder ao problema do primeiro chip, a equipa de investigadores teve de modificar o algoritmo de registo para que este se tornasse mais sensível aos sinais neuronais. Esse problema foi também motivo para a equipa melhorar as técnicas de tradução dos sinais em movimentos do cursor, assim como a própria interface do utilizador. Essas alterações rapidamente produziram resultados e melhoraram o desempenho da interface.
A empresa garante que apesar do incidente, nunca esteve em causa a segurança do paciente. O paciente em questão chama-se Noland Arbaugh, um jovem de 29 anos que está a usar o equipamento em cerca de 8 horas por dia durante a semana e 10 horas por dia no dim de semana.
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